Ainda que a predisposição genética possa causar sintomas da alergia emocional, estudos dermatológicos indicam que 30% dos problemas de pele são gerados por fatores psicológicos e emocionais, levando o sistema imunológico a reagir para proteger o corpo do estresse.
A liberação de cortisol, hormônio produzido em momentos de estresse, também pode repercutir na pele por meio de processo inflamatório provocado a longo prazo. Além do estresse, a ansiedade, depressão e baixa autoestima pode estar associadas ao agravamento de processos como acne, psoríase e dermatite.
O que é alergia?
A alergia é uma reação exagerada do organismo a algumas substâncias presentes no ambiente. As pessoas alérgicas, principalmente as que têm asma, rinite e dermatite atópica, possuem uma condição genética que determina reações de forma exagerada a certos estímulos, causando os sintomas.
Dessa forma, as doenças alérgicas não são contagiosas, e sim o resultado de uma resposta individual determinada geneticamente. Os indivíduos alérgicos são mais sensíveis que o resto da população frente a estímulos externos.
Diversas substâncias podem desencadear o quadro alérgico, entre elas: inalantes (ácaros, pelos de animais, fungos, pólen), alimentos, medicamentos, cosméticos, e condições como estresse e ansiedade, como é o caso da alergia emocional.
O que é alergia emocional?
A alergia emocional é considerada um sintoma psicossomático, ou seja, que é originada na psique, mas com manifestação no corpo. Trata-se de uma reação que surge em momentos de sobrecarga emocional, envolvendo estresse, depressão e ansiedade.
Geralmente essa alergia se manifesta por meio de lesões da pele, que se assemelham a bolinhas avermelhadas, espalhando-se por todo o corpo. Diante dos problemas emocionais, o cortisol, hormônio que aumenta a resposta inflamatória do corpo, é liberado.
Dessa forma, o estresse acaba causando alergia emocional, piorando doenças já pré-existentes, como dermatite e urticária. Além disso, em momentos de estresse e agitação, também podem ser liberadas as catecolaminas, substâncias que causam vermelhidão e coceira na pele.
A alergia emocional pode provocar também sintomas como falta de ar, suor excessivo e insônia. Ainda que não seja o diagnóstico oficial, o termo acaba sendo utilizado para descrever o quadro de sintomas alérgicos causados por grande sobrecarga emocional. Contudo, nenhuma alergia é de origem completamente emocional. O indivíduo que apresenta uma alergia emocional provavelmente já tinha predisposição para problemas de pele que foram manifestados somente na sobrecarga.
Quais as causas da alergia emocional?
As causas para a alergia emocional ainda não são bem definidas. Contudo, sabe-se que os sentimentos são capazes de provocar alterações no organismo com a liberação de hormônios e outras substâncias que contribuem para a inflamação na pele.
Sentimentos como estresse e ansiedade causam reações nas células de defesa, ocasionando a hipersensibilidade do sistema imunológico. Ação que pode ser notada pelas alterações na alergia emocional e piora dos sintomas de outras doenças autoimunes.
São diversas as situações que podem gerar picos emocionais, como um acidente, a morte de um amigo ou familiar e a perda do emprego. Entretanto, o acúmulo do estresse no dia a dia, também pode ter impacto a longo prazo.
As mulheres são mais suscetíveis à alergia emocional, e são também as que mais buscam ajuda em consultórios médicos. Os homens acabam levando a vida e procuram ajuda somente em casos já extremos.
Durante o período da pandemia, os casos de alergia emocional têm aumentado, seja pelo medo da contaminação pela covid-19, pelo estresse do distanciamento social ou por problemas financeiros.
Como são os principais sintomas?
A alergia emocional pode se manifestar de inúmeras formas, tornando-se mais comum na pele devido a uma série de terminações nervosas também relacionadas ao estresse. Entre os sintomas mais comuns na alergia emocional estão a vermelhidão, coceira e presença de manchas avermelhadas em alto-relevo. No entanto, algumas pessoas podem apresentar também sintomas respiratórios, como dores na garganta e falta de ar.
Como tratar a alergia emocional?
O período de duração da alergia emocional depende do tempo em que a situação de estresse, ansiedade ou outro fator emocional irá durar. Caso a pessoa não busque tratamento, os sintomas podem estar presentes por meses.
Entretanto, caso o indivíduo procure tratamento adequado assim que identificar a alergia emocional, os problemas podem ser solucionados em algumas semanas. Associado ao tratamento dermatológico e antialérgico, que deve durar entre 15 dias, é recomendado a pessoa que sofre com a alergia emocional buscar ajuda com profissionais da área de saúde mental, como psicólogos e terapeutas.
Além do tratamento prescrito por um especialista em alergias alternativas, como a terapia, são importantes para evitar que a situação desencadeadora da alergia emocional aconteça novamente. Os medicamentos normalmente prescritos são antialérgicos, assim como corticoides e anti-inflamatórios quando necessário.
Como controlar a alergia emocional?
De forma geral, é impossível eliminar o estresse de nossas vidas. Contudo, amenizá-los é perfeitamente possível. Por isso, separamos algumas dicas que vão ajudar no controle da alergia emocional. Confira:
- Fique atento aos sinais do estresse
Antes que você chegue ao seu limite, o estresse demonstra alguns sinais importantes de que as coisas não estão indo bem.
Por isso, é muito importante ficar atento a esses sinais para identificar e saber quando controlar os sintomas de alergia emocional. Alguns deles são:
- falta de energia para realizar tarefas;
- dificuldades para dormir;
- irritabilidade aumentada;
- comportamentos não habituais;
- sono não reparador.
Ao notar esses sintomas, é possível procurar alternativas que ajudem a diminuir o estresse e ansiedade, evitando que tais sentimentos se acumulem e causem prejuízos, como a alergia emocional.
- Tenha um tempo para lazer
Períodos de lazer são extremamente importantes para que a pessoa tenha saúde mental e emocional. Essa é uma forma de ajudar a diminuir o estresse acumulado, minimizando as chances de ocorrer um desequilíbrio emocional e, consequentemente, a alergia emocional.
- Invista no autoconhecimento
Uma maneira de entender como você funciona emocionalmente é por meio do autoconhecimento. Descobrir quais situações aumentam seus níveis de ansiedade, estresse e emoções negativas auxilia no momento de combatê-las, evitando gatilhos que provoquem a estafa emocional e as reações alérgicas por estresse.
Alergia emocional tem cura?
Infelizmente a alergia emocional não tem cura. Visto que sempre que um pico de sentimentos negativos ocorrer, ela poderá ser desencadeada novamente. Contudo, alguns tratamentos alternativos podem contribuir para a melhora nos quadros, diminuindo o agravamento de doenças como a urticária e dermatite.
Quais alergias estão associadas ao fator emocional?
As doenças de pele são as que estão associadas ao fator emocional. Diante da reação causada pelo acúmulo emocional, casos como a dermatite atópica, psoríase, urticária, e vitiligo são desencadeados, ou mesmo agravados. Entenda melhor cada uma dessas doenças.
Dermatite atópica: A dermatite atópica é uma condição relacionada ao estresse e tensão emocional. Contudo, a doença também pode estar associada à bronquite, rinite, asma, ambientes secos, frio intenso, climas secos, calor e transpiração em excesso. A dermatite causa na pele lesões avermelhadas que coçam e podem descamar.
Psoríase: A psoríase é outra doença considerada uma alergia emocional. Em 30% dos casos, a psoríase é provocada por fatores genéticos, no entanto, pode ser agravada diante de situações de estresse, assim como na exposição ao frio. Doença inflamatória crônica, é caracterizada por manchas secas e escamas formadas geralmente em couro cabeludo, joelhos e cotovelos.
Urticária: A urticária é uma doença de irritação da pele que pode surgir de forma súbita, em qualquer região do corpo. Ainda que o estresse não seja a causa principal da urticária, é um dos fatores que contribuem para a piora de seus sintomas. Ela pode estar presente de forma aguda, quando dura menos do que 6 semanas, ou crônica, durante meses ou mesmo anos.
Vitiligo: 0 estresse é um fator comum entre as pessoas que desenvolvem o vitiligo, podendo desencadear o início da doença, caso o indivíduo apresente predisposição genética. Por se tratar de uma condição em que há redução ou falta de melanina (pigmento que dá coloração à pele) e diversas áreas do corpo, o vitiligo é caracterizado por manchas brancas na pele.
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