O vôlei de praia entrou no programa olímpico em 1996, estreando nos Jogos de Atlanta. Desde então, o Brasil obteve 13 pódios no total. “O mundo descobriu que o vôlei de praia é um esporte barato, que dá resultado e traz medalha. Brasil e Estados Unidos não dominam mais, estamos parados. A gente precisa sentar conversar”, afirmou Alison, que ao lado de Álvaro Filho foi eliminado nas quartas de final do torneio masculino.
Antes, na fase anterior, Evandro e Bruno Schmidt já haviam se despedido da competição. No feminino, Agatha e Duda (caíram nas oitavas) e Ana Patrícia e Rebecca (perderam nas quartas) também foram eliminadas precocemente. “As pessoas vão olhar e ver que as duas duplas da Letônia estão nas semifinais e vão achar estranho. O mundo está investindo no vôlei de praia e nós estamos parados. Tem de melhorar, investir mais, a confederação olhar com bons olhos”, continuou Alison.
Em outras edições da Olimpíada, o vôlei de praia sempre foi um dos carros-chefe entre as modalidades para o Brasil. Em Atlanta-1996 o País teve a final feminina com Jackie Silva e Sandra Pires ganhando o ouro em cima de Mônica e Adriana Samuel. Quatro anos depois, em Sydney-2000, vieram duas pratas e um bronze.
Nos Jogos de Atenas, em 2004, Ricardo e Emanuel ganharam o ouro enquanto Shelda e Adriana Behar ficaram com a prata. Já em Pequim-2008 o feminino passou em branco, mas no masculino veio uma prata e um bronze. Já na Olimpíada de Londres, em 2012, o resultado da edição se repetiu, com um segundo e um terceiro lugar.
Na última Olimpíada, no Rio, Alison e Bruno Schmidt conquistaram a medalha de ouro, enquanto Agatha e Bárbara Seixas foram prata. Mesmo com alguns atletas experientes, o Brasil saiu sem pódio de Tóquio. “O Brasil ganhou medalha de ouro em 2016 e não mudou nada, não teve investimento, ficou tudo parado, do mesmo jeito, com menos etapas, esperando Alison e Bruno, como foi com Ricardo e Emanuel”, lamentou Alison.
Ele e seu parceiro Álvaro Filho desperdiçaram a chance de chegar à semifinal nos Jogos de Tóquio ao perderem para Martins Plavins e Edgar Tocs, da Letônia. “Quem acaba errando mais acaba perdendo. E é uma pena, mas isso não apaga nossa história, nossa trajetória, nossa humildade, como jogamos, como nós evoluímos, e fica um legado para o Álvaro de tudo que eu aprendi, de tudo que nós passamos. Ele tem 30 anos, mais um ou dois ciclos pela frente e espero que o Brasil volte ao topo novamente”, comentou Alison.
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