Em uma prova curta como os 50 metros livre, o mais importante largar bem e manter o ritmo forte até acabar. E foi o que Belarmino fez. O brasileiro saiu bem, um pouco atrás do chinês Dongdong Chua, que ficou com a prata, e conseguiu ultrapassá-lo. O bronze ficou com o lituano Edgaras Matakas.
“A ideia era vir, me divertir e nadar o mais rápido possível. Felizmente, o mais rápido possível foi medalha de ouro. Eu estou realizando três sonhos: vir para uma Paralimpíada, disputar uma final e ser medalha de ouro. Eu tirei um peso dos ombros quando bati na parede e ouvi a galera do Brasil gritando (outros nadadores e comissões técnicas)”, afirmou Belarmino ao SporTV após a vitória.
Belarmino tem 23 anos e é natural de Brasília. O nadador é o atual campeão mundial da prova que ganhou na Paralimpíada e vice nos 100 metros livre, que ele não disputará em Tóquio. Contudo, ainda tem mais uma prova em Tóquio, os 200 metros medley da classe s11.
Um detalhe que chamou atenção na preparação de Wendell para Tóquio é que o brasileiro utilizava túneis de vento como forma de relaxar, mas também de fortalecer a sensibilidade corporal, estimulada indiretamente pelos voos no simulador. Como é deficiente visual, o tato é fundamental para o brasileiro na piscina, como demonstrou em sua primeira Paralimpíada.
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