“Eu fico provocando, dizendo que se ele fizer um bom trabalho vai para a Mercedes, não para a Copa Renault Clio. Mas hoje está mais perto da Copa Renault Clio”, disse Wolff. Hoje na Williams, Russell é frequentemente lembrado como futuro piloto da escuderia alemã, para substituir Hamilton ou Bottas. Na última temporada, dividiu o cockpit da Mercedes com o finlandês no GP de Sakhir, assumindo posto do heptacampeão mundial, que havia contraído covid-19.
Na sequência, Wolff ponderou e preferiu não atribuir culpa a um dos lados. “Talvez 50% a 50%, talvez não… Talvez seja 60% a 40% de culpa, mas não sei em que direção. Não falei com George ainda. Foi uma manobra feia. Não houve uma conversa amigável, também, entre eles. Mas vamos olhar tudo novamente, ouvir os dois lados”, finalizou.
Citada, a Renault entrou na brincadeira e publicou em suas redes sociais que estava aberta à possibilidade de receber Russell na categoria. “Feliz em ajudar, Mercedes. Só preencher a papelada, nós pagamos a taxa de inscrição”, declarou.
ENTENDA O ACIDENTE – Na volta 34, Russell tentou a ultrapassagem sobre Bottas, acionou o DRS e colocou o carro de lado. Um leve movimento à direita do carro da Mercedes, em direção à Williams, obrigou o britânico a usar parte da grama molhada. Russell rodou, se chocou com o muro e com o carro do finlandês. Ambos abandonaram a prova, mas não se machucaram. A direção de prova, no entanto, interrompeu a corrida para que os detritos deixados pelo acidente fossem recolhidos.
Britânico e finlandês usaram a comunicação com suas equipes para reclamar da pilotagem do adversário. Ao deixar o carro, Russell foi em direção a Bottas e, após lhe dizer algumas palavras, deu um leve tapa no capacete do piloto da Mercedes, que respondeu mostrando o dedo do meio. O controle da prova não entendeu que o acidente merecesse punição para alguma das partes.
Após a corrida, os dois pilotos se pronunciaram e seguem divergindo sobre o culpado do acidente. Bottas afirma que quem perdeu o controle do carro foi Russell.
“Eu consegui vê-lo se aproximando na reta, e aí vi que iria pela direita. Pelos replays que vi, deixei espaço para dois carros ali, mas ele perdeu o controle do carro e bateu em mim. Não sei o que foi aquilo, porque a culpa foi claramente dele. Então eu não fiquei feliz com isso, mas é o que é”, declarou o finlandês.
O piloto da Williams, por sua vez, diz que atitude do adversário foi perigosa. “Eu vinha muito rápido. Eu tinha vácuo, asa móvel aberta e assim que eu coloquei de lado, ele foi de leve para a direita, usando uma tática de defesa que os pilotos costumavam fazer no passado. Mas teve uma manobra parecida do Verstappen em 2015 que gerou um acordo de cavalheiros para não se repetir. Em uma pista completamente seca, teria sido ok, mas ele me colocou na parte molhada e eu perdi o controle. Sempre afirmamos que manobras assim causariam um grande acidente um dia. E aqui estamos”, finalizou Russell.
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