Mesmo no mundo árabe, dirigindo o Al Sadd, do Catar, Xavi não deixou jamais de acompanhar o clube do coração. E seu diagnóstico é que o Barcelona virou um amontoado de jogadores tentando resolver os problemas cada um no seu modo e deixou de atuar coletivamente.
Xavi assume um time apenas no nono lugar do Espanhol, com 17 pontos, 11 a menos que a líder Real Sociedad. Sem contar o início ruim na Liga dos Campeões. São seis pontos em quatro jogos e duelo decisivo pela segunda vaga no dia 23, contra o Benfica, no Camp Nou. O clube se garante com vitória, mas um empate pode deixá-lo na obrigação de pontuar contra o poderoso Bayern em Munique.
O treinador subiu ao gramado do Camp Nou ao lado do presidente Joan Laporta. 9.422 pessoas acompanharam a apresentação e a hora da assinatura do contrato foi festejada como um gol. Ele acenou e aplaudiu a euforia dos catalães com seu retorno. Depois, já foi falando grosso e prometendo forte trabalho.
“Não quero chorar, mas estou muito grato ao clube e aos fãs. É simplesmente fantástico. Somos o melhor clube do mundo e vamos trabalhar para tentar ganhar muitos títulos. O Barcelona não pode perder ou empatar, temos que vencer todos os jogos”, afirmou o treinador. “E precisamos de vocês mais do que nunca”, disse à torcida.
“Temos de ser uma equipe e vou cobrar muito dos meus jogadores”, enfatizou. “Não precisa ser duro, é uma questão de ordem, regras e disciplina. Quando há regras, nos saímos bem no vestiário”, seguiu.
Xavi não quis lamentar a saída do clube do amigo Messi, hoje no PSG, e procurou focar apenas no atual elenco, ao qual elogiou. “Tenho uma boa amizade com o Leo, desejo-lhe toda a sorte do mundo. Ele é o melhor de todos, mas não podemos pensar nos jogadores que não temos”, falou. “Focamos aqui. Temos alas de alto nível, gosto de jogar em campo aberto e daqui a uma semana ou duas a gente vai buscar as pessoas de volta. Seremos competitivos.”
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