A casa prevê expansão de quase 1% no PIB do primeiro trimestre em relação ao anterior, “um desempenho oposto ao previsto por alguns analistas poucos meses atrás (de contração ao redor de 1% na mesma base de comparação)”. Os dados oficiais serão publicados pelo IBGE em 1º de junho. “Em primeiro lugar, muitas atividades produtivas parecem ter se adaptado (relativamente) bem ao cenário pandêmico. Embora isso não seja de simples mensuração, existem evidências qualitativas importantes de que as empresas encontraram boas alternativas para suprir determinadas necessidades de produção e vendas. E algo similar pode ter acontecido com as famílias”, aponta Margato.
“A dinâmica favorável dos preços internacionais de commodities também joga a favor da recuperação da atividade econômica doméstica”, acrescenta o economista. “Os indicadores de atividade referentes ao 2º trimestre também vêm sugerindo um quadro menos negativo do que as expectativas iniciais”, conclui.
“Ainda há muita incerteza sobre os resultados da economia brasileira no 2º trimestre, mas, com base nos sinais recentes, não podemos descartar crescimento adicional. Por enquanto, projetamos ligeiro recuo na comparação com o 1º trimestre, mas o viés pende para o lado positivo. Ou seja, a primeira metade de 2021, que antes representava um risco de recessão técnica (isto é, dois trimestres consecutivos de contração do PIB), está se revelando um período de resiliência e recuperação”, observa o economista da XP Investimentos.
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