“O único jeito de resolver o problema é alcançar um acordo entre todos os países que fazem parte do G-20”, afirmou Yellen, em referência ao imposto mínimo que seria cobrado das multinacionais, proposta já endossada pelo G-7.
O grupo das 20 maiores economias do mundo se reúne em julho e deve debater o assunto.
Na visão da ex-presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), o estabelecimento de um imposto corporativo global permitiria que as empresa ao redor do mundo passassem a competir pelo que “realmente importa”. “Qualidade de ideias e habilidades das pessoas”, exemplificou.
Yellen também voltou a caracterizar a atual pressão de preços nos EUA como temporária. A economista citou a base comparativa baixa, já que os preços despencaram em igual período do ano passado devido às restrições causadas pela pandemia, e os gargalos nas cadeias de produção globais, efeito também gerado pela covid-19.
Na estimativa de Yellen, as taxas de inflação voltarão ao normal em 2022. A ex-presidente do Fed ressaltou que a maioria das expectativas inflacionárias “se mantêm baixas e sob controle”.
Ao ser questionada sobre a mudança recente na postura do Fed, Yellen respondeu que não é “apropriado” que ela comente a política monetária da instituição.
Na reunião da semana passada, a maioria dos dirigentes do Fed passou a prever duas elevações da taxa básica de juros em 2023. Antes, a aposta majoritária não indicava alta de juro antes de 2024.
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