“Treinamos mais de dois anos de maneira intensa para essa prova. Já tinha uma estratégia definida e os meninos (guias) foram me passando todas as informações (durante a corrida). Aí quando o Carlos (guia) entrou e me avisou, é o queinano e o japonês (que estava na disputa pelo ouro). Já pensei, como tinha estudado, o japonês não iria dar uma arrancada na chegada. Dito e feito.”
Karasawa terminou com a prata e o também japonês Shinya Wada ficou com o bronze. O queniano que Yeltsin mencionou, Rodgers Kiprop, acabou a prova na quarta colocação.
A vitória em Tóquio também, de certa forma, é a volta por cima depois e bater na trave nos Jogos Parapan-Americanos de Lima de 2019. Na ocasião, seu guia passou mal na reta final e ele acabou deixando escapar o ouro.
Yeltsin tem baixa visão, de 0,5%. Ele enxerga somente vultos e não tem visão lateral. Na prova dos 5000m corre ao lado de um guia e com os olhos vendados. Nas provas mais curtas que ele compete, como de 1.500m, consegue correr sozinho. Seu nome é em homenagem ao ex-presidente russo Boris Yeltsin. O pai do atleta paralímpico foi militar e era fã do homem que acabou com a União Soviética.
Comentários estão fechados.