Principal cultura de inverno no Paraná, o trigo começou a ser colhido nesta semana. Segundo o Boletim de Conjuntura Agropecuária do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), menos de 0,5% dos 833 mil hectares plantados nesta safra foram colhidos. A estimativa é de 2,6 milhões de toneladas, conforme projeção de julho.
As primeiras áreas, especialmente na região de Londrina, apresentaram produtividade dentro do esperado, mesmo após a frente fria no fim de junho. “O resultado inicial dentro da normalidade é um ponto a se comemorar”, afirmou o agrônomo Carlos Hugo Godinho, destacando também a boa qualidade do grão. Mais de 50% da produção é de trigo da classe “pão” e pouco menos da metade da classe “melhorador”. Ele ressaltou que as condições climáticas podem melhorar essa proporção.
Com preços médios de R$ 76,00 a saca, ligeiramente abaixo de julho e similares aos de 2024, produtores com produtividade e qualidade normais conseguem margem positiva, ainda que modesta, sobre os custos variáveis. Godinho observou que, diante da desvalorização do dólar e da queda dos preços internacionais, o valor atual do trigo é considerado positivo.
Milho
No milho, a segunda safra alcançou 80% de colheita dos 2,77 milhões de hectares plantados, índice acima da média das últimas cinco safras. O bom desempenho se deve ao plantio dentro do zoneamento agrícola e ao clima favorável em julho e agosto. “A safra é ótima e deve remunerar satisfatoriamente o produtor”, disse o analista Edmar Gervásio.
Frutas
O boletim também traz dados sobre frutas. Em 2023, a produção mundial foi de 1 bilhão de toneladas em 104 milhões de hectares, com destaque para banana, melancia, maçã, uva e laranja. No Brasil, foram 44,9 milhões de toneladas em 3,1 milhões de hectares, principalmente de laranja, banana, abacaxi, coco e melancia. O Paraná, com 54 mil hectares e 1,4 milhão de toneladas em 2024, teve como principais espécies laranja, banana, tangerina, melancia e uva.
Leite
No setor lácteo, julho registrou alta de preços. O leite longa vida foi vendido a R$ 5,04 (+1,25%) e o queijo muçarela a R$ 52,52/kg (+0,62%).
Carne Suína
As exportações de carne suína in natura tiveram destaque no Japão, com preço médio de US$ 3,46/kg no primeiro semestre. Estados Unidos e Canadá também figuraram entre os principais compradores, com maior volume vindo de Santa Catarina.
Frango
Na carne de frango, o Brasil faturou US$ 5,609 bilhões (+1,5%) nos sete primeiros meses de 2025, com 3 milhões de toneladas exportadas. O Paraná respondeu por 1,262 milhão de toneladas e US$ 2,181 bilhões.
Ovos
A exportação de ovos brasileiros cresceu 207,3% no período, passando de 9.818 para 30.174 toneladas. A receita saltou 232,2%, de US$ 20,94 milhões para US$ 69,56 milhões. Os Estados Unidos foram o principal destino, com 18.976 toneladas (62,8%) e US$ 40,7 milhões em faturamento.





