Assim que, segundo uma tradição antiga o papa proclama um jubileu a cada 25 anos para celebrar o Mistério da Encarnação. Tema e Lema do Jubileu de 2025: “Peregrinos de Esperança”. A Esperança não decepciona/engana/ilude (cf. Rm 5,5).
Breve histórico: No dia 22 de fevereiro do ano 1300, o Papa Bonifácio VIII, convocou aquele que seria o primeiro jubileu cristão, ponto de partida deste que em 2025 celebramos. Conta a história que a instituição do jubileu foi atenção do papa ao apelo popular. A história ainda registra que a partir do primeiro jubileu em 1300, multidões começaram a afluir à Roma, certas de que o fim do mundo estava iminente, por isso ávidas por um mais largo perdão que as permitisse a plena comunhão com Deus. Desejam indulgência!
Objetivo do jubileu: É fazer um caminho, mais próximo, com Jesus, sendo que neste caminho seja proporcionada a experiência da graça e do amor de Deus, por meio de peregrinações e penitências.
Ano Santo. Como “peregrinos de esperança”, onde os fiéis católicos são convidados a reavivar a chama da esperança, pela fé em Jesus Cristo, que veio ao mundo para salvar a humanidade de seus pecados. Possa ser, disse o Papa Francisco, para todos um momento de encontro vivo e pessoal com o Senhor Jesus Cristo, “porta” da salvação; com Ele, que a Igreja tem por missão anunciar sempre, em toda parte e a todos, como sendo a “nossa esperança” (cf.1Tm 1,1). O Jubileu reaparece a cada vinte e cinco anos para ajudar a Igreja e os crentes a redescobrir algo de importante sobre a sua própria fé. Este Jubileu é caracterizado pela esperança. Existem dois aspetos que merecem ser apresentados: precisamos voltar com força e convicção a esta virtude teologal. Falamos sempre da fé e da caridade, mas descuramos a esperança. Este desequilíbrio, como veremos em breve, reflete-se também na vida de fé.
Porta: Um dos grandes símbolos do Ano Jubilar é a Porta, chamada de “Porta Santa, porta da fé”. Vamos ao texto do Evangelho de S. João: “Eu sou a porta das ovelhas” (10,7). “Eu sou a porta: quem entra por mim se salvará; poderá entrar e sair, e encontrará pastagens” (10,9). Do ponto de vista simbólico, a Porta Santa assume um significado particular: é o sinal mais característico, porque o objetivo é ser capaz de atravessá-la. Sua abertura pelo Papa constitui o início oficial do Ano Santo. Originalmente, havia uma única porta, na Basílica de São João de Latrão, que é a Catedral do bispo de Roma. Para permitir que os muitos peregrinos fizessem o gesto, as outras Basílicas Romanas também ofereceram essa possibilidade.
Reconciliação. O Jubileu é um sinal de reconciliação, pois abre um “tempo favorável” (cf. 2Cor 6,2) para a própria conversão. Coloca-se Deus no centro de sua existência, movendo-se em direção a Ele e reconhecendo Sua primazia. Concretamente, é uma questão de viver o sacramento da reconciliação, de aproveitar esse tempo para redescobrir o valor da confissão e receber pessoalmente a palavra do perdão de Deus.
Oração. Há muitas maneiras e muitas razões para orar; na base há sempre o desejo de se abrir à presença de Deus e à sua oferenda de amor. A comunidade cristã se sente chamada e sabe que só pode recorrer ao Pai porque recebeu o Espírito do Filho. E é, de fato, Jesus que confiou aos seus discípulos a oração do Pai Nosso, também comentada pelo Catecismo da Igreja Católica (cf. 2759-2865).
Indulgência. É uma manifestação concreta da misericórdia de Deus, que transcende os limites da justiça humana e as transforma. Este tesouro de graça tornou-se história em Jesus e nos santos: olhando para esses exemplos, e vivendo em comunhão com eles, a esperança de perdão e para a própria jornada de santidade se fortalece e se torna certeza. A indulgência permite libertar o coração do fardo do pecado, para que a reparação devida possa ser dada em total liberdade.
Os sinais de Esperança para o Ano Jubilar: Paz para o mundo. Transmitir a vida, gerar nova vida. Restituir a liberdade aos presos. Oferecer esperança aos doentes. Esperança aos jovens. Os migrantes. Os idosos. Os pobres.
Dom Edgar Xavier Ertl – Diocese de Palmas-Francisco Beltrão
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