Em 2018, a previsão era de que 143 milhões de pessoas migrariam internamente no Sul Asiático, na América Latina e na África Subsaariana. Agora, a região do Pacífico, Leste e Centro da Ásia, o Norte da África e a Europa Central foram incorporados ao estudo.
A escala de migração pode ser reduzida em até 80%, a 44 milhões de pessoas até 2050, desde que ações imediatas e certeiras sejam tomadas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, afirma o Banco Mundial. Apoio ao desenvolvimento “verde, inclusivo e resiliente” também é necessário.
Segundo a publicação, pontos críticos de migração podem surgir já em 2030 e aumentar ao longo de duas décadas.
Até 2050, no pior dos cenários, a África Subsaariana lidaria com 86 milhões de migrantes internos por causa do clima. O Leste e Pacífico Asiático, com 49 milhões; o Sul Asiático, com 40 milhões; o Norte da África, com 18 milhões; a América Latina, com 17 milhões; e a Europa Oriental e a Ásia Central, com 5 milhões.
A população mais pobre do mundo é a mais atingida pelas consequências da crise e as que menos contribuem para suas causas, relembra o vice-presidente de Desenvolvimento Sustentável do Banco Mundial, Juergen Voegele. “O relatório Groundswell é um lembrete gritante do aspecto humano da mudança climática”, disse.
Ele ainda pontuou que, desde a versão anterior do estudo, o mundo foi impactado pela pandemia da covid-19 e reverteu um progresso de décadas na redução da pobreza. Além disso, a década mais quente já registrada acaba de ser vivenciada, com eventos de clima extremo ao redor do globo.
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