Diego Guerro inscreve álbum infantil no Grammy Latino

O premiado acordeonista, compositor e produtor Diego Guerro, natural de Pato Branco, inscreveu seu mais recente álbum, Afon, no Grammy Latino, buscando dar visibilidade ao trabalho de música instrumental inspirado no cancioneiro infantil que desenvolve há anos.

Lançado em abril, o disco transforma melodias tradicionais como Ciranda Cirandinha e Peixe Vivo em obras orquestrais que oferecem um espaço de escuta tanto para crianças quanto para adultos. A produção combina música erudita com ritmos brasileiros em arranjos interpretados pela Saint Petersburg Recording Orchestra, da Rússia.

Para além da estética sonora, o projeto também investe em um ambiente lúdico: a capa do álbum ilustra uma personagem que povoa o imaginário infantil e cria uma narrativa educativa em torno do trabalho.

Segundo Diego Guerro, as canções despertam curiosidade e conexão nas crianças. “Curiosidade por ouvir uma música nova, diferente, mas que fala com elas — que tem ritmo, tem surpresa, tem cor. E conexão porque elas sentem que aquilo também faz parte da história delas. Quando escutam uma cantiga que os avós cantavam ou ouvem instrumentos de mundos diferentes tocando juntos, elas entendem, sem precisar explicar, que estão ligadas a outras gerações. A música vira ponte entre o passado e o presente, e isso é poderoso”, afirma o artista, que também é regente da Orquestra Sinfônica de Pato Branco.

Guerro defende a música como linguagem afetiva, ferramenta de expressão e construção de identidade. “A música ajuda a criança a desenvolver concentração, coordenação, lógica, imaginação e autoestima. Mais que isso, ela dá nome aos sentimentos e abre espaço para a sensibilidade – algo essencial para a saúde mental desde cedo.”

Sobre a importância de uma premiação como o Grammy para um projeto como Afon, Guerro destaca o impacto internacional e o reconhecimento profissional. “O Grammy, especialmente o Latin Grammy, representa uma validação artística internacional de altíssimo prestígio, conferindo ao artista reconhecimento entre seus pares, projeção global e maior visibilidade na imprensa e no mercado. Essa conquista potencializa oportunidades profissionais, como convites para festivais, colaborações internacionais, aumento de cachês e acesso facilitado a editais e patrocínios. Além disso, fortalece o legado do artista, consolidando-o como referência em sua área e ampliando o impacto cultural de sua obra.”

OUÇA AQUI

FICHA TÉCNICA

Direção musical: Diego Guerro 

Arranjos: Maycon Ananias

Acordeon: Diego Guerro 

Participações especiais: 

Vanessa Moreno (voz em Balaio

Davi Sartori (piano em Se essa rua fosse minha)

Maycon Ananias (cravo em O cravo brigou com a rosa)

Mixagem: Pedro Mello 

Masterização: Carlos Freitas

Ilustração da capa: Lalan Bessoni 

Design: Patrick Souza 

Produção executiva: Natalia Gnoatto

Saint Petersburg Recording Orchestra

Violinos: Mikhail Krutik, Olga Abakumova, Anton Starodubtsev, Nadezhda Kharitonova, Alexander Baranov, Yevgenia Tchernysheva, Irina Anastasina, Yelena Matyushina, Mikhail Zagorodnyuk, Lenar Aikaev, Liliya Sitdykova, Zakhar Krutik

Violas: Ilya Yelagin, Polina Kozyritskaya, Alexey Ageev, Igor Bereznev, Anna Kolobova, Milana Andreeva

Cellos: Yelena Gurkina, Kirill Kurshakov, Yulia Rozovskaya, Igor Kuznetsov

Baixos: Dmitry Golovchenko e Enver Makhauri

Flautas: Mariya Avvakumova 

Oboé: German Büller 

Trompa: Dmitry Sorokin 

Trombone: Dmitry Krylov

LINKS

Instagram

Spotify

YouTube

SOBRE DIEGO GUERRO

Diego Guerro é acordeonista, compositor, produtor e arranjador, com dedicação à música instrumental. Nascido em Pato Branco (PR) em 1985, seu interesse pelo acordeon surgiu na infância. Aos 15 anos o acordeon já tinha virado profissão: dava aulas e tocava à noite. Aos 16, assumiu a regência da Orquestra Sinfônica de Pato Branco, pioneira no Brasil ao apresentar a divisão de naipes para uma orquestra de acordeons. Neste posto, ganhou grande reconhecimento nacional e internacionalmente, sendo convidado para participar de festivais como o Recanati Art Festival, na Itália e o Festival Nacional de la Música del Litoral, na Argentina. 

Ao longo de sua trajetória já gravou com inúmeros artistas, fez turnês dentro e fora do Brasil, produziu discos e ganhou prêmios. Entre suas referências estão artistas como Hermeto Pascoal, Dominguinhos, Leonard Bernstein e Radamés Gnatalli. Suas maiores influências musicais são os ritmos do Cone Sul, e outros gêneros brasileiros, como o forró e o choro. Atualmente, está revisitando o cancioneiro infantil brasileiro com releituras que mesclam acordeon com arranjos orquestrados. 

você pode gostar também

Comentários estão fechados.