O diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Enio Verri, reuniu o corpo funcional na manhã desta quarta-feira (12) para um balanço de seus dois anos de gestão. Nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 10 de março de 2023, com decreto publicado no Diário Oficial da União, Verri assumiu oficialmente o cargo em 16 de março do mesmo ano. Em seu discurso, ele destacou os avanços da empresa, o compromisso com a transição energética e o impacto positivo das ações socioambientais no Brasil e no Paraguai.
Compromisso além da geração de energia
Verri agradeceu o empenho dos empregados, enfatizando que a missão da Itaipu vai além da produção de energia elétrica. “Somos uma potência graças a uma equipe talentosa e dedicada. O trabalho conjunto das diretorias e dos colaboradores nos permite gerar energia limpa e renovável de qualidade, enquanto promovemos desenvolvimento para ambos os países”, declarou. Em 2024, a empresa celebrou marcos históricos: 50 anos de fundação, 40 anos de produção contínua e a marca de 3 bilhões de MWh gerados, consolidando-se como líder mundial em energia sustentável e entrando para o Guinness World Records.
Impactos econômicos e sociais
Entre os destaques da gestão, Verri mencionou o pagamento do Bônus Itaipu, creditado na conta de luz de 78 milhões de brasileiros em janeiro de 2025, contribuindo para reduzir a inflação oficial do país. “Somos uma âncora para o preço da tarifa de energia”, afirmou. Outro avanço foi a expansão do programa Itaipu Mais que Energia, que ampliou sua atuação de 55 para 434 municípios (399 no Paraná e 35 no Mato Grosso do Sul), preservando atualmente 9 mil nascentes.
A fase 2 do edital em parceria com a Caixa, lançada em novembro de 2024, destinará R$ 400 milhões a projetos de conservação da biodiversidade, desenvolvimento comunitário, produção sustentável e bem-estar social. Além disso, o programa capacitou 18 mil servidores públicos e expandiu o Gestão de Resíduos Sólidos, levando Unidades de Valorização de Recicláveis (URVs) a 105 municípios.
Conquistas para comunidades vulneráveis
Um marco histórico foi o acordo mediado no Supremo Tribunal Federal (STF), aprovado em 27 de fevereiro de 2025, que viabilizará a compra de 3 mil hectares para comunidades indígenas do Oeste do Paraná. Outro destaque é o Mercado Público Barrageiro, inaugurado em novembro de 2024 com investimentos da Itaipu e gestão do Itaipu Parquetec. O espaço, aberto de terça a domingo, oferece gastronomia, artesanato e apresentações culturais, fortalecendo a economia local.
Transição energética como prioridade
A gestão de Verri prioriza a transição energética justa e inclusiva, alinhada às diretrizes do Governo Federal. A Itaipu apoiou eventos do G20, como a Reunião Ministerial de Energia em Foz do Iguaçu (outubro de 2024) e o G20 Social no Rio de Janeiro (novembro de 2024), que lançou o 18º ODS: “Todos pela Igualdade Étnico-Racial”. A empresa também investirá R$ 1,3 bilhão na infraestrutura de Belém (PA) para a COP30, em novembro de 2025.
No campo da inovação, a Itaipu lançou em junho de 2024 a primeira planta piloto de petróleo sintético do Brasil, produzindo combustível sustentável para aviação (SAF) a partir de biogás, em parceria com o CIBiogás. Nesta quinta-feira (13), será assinada a ordem de serviço para a construção da usina solar flutuante no reservatório, além de avanços em pesquisas com hidrogênio verde. “Essas iniciativas refletem nosso compromisso com o futuro”, ressaltou Verri.
Projetos de infraestrutura
O diretor anunciou estudos para um novo centro corporativo, a reforma do Edifício da Produção, a ampliação do Centro de Recepção de Visitantes (CRV) e o início das obras do campus da Unila. Esses projetos reforçam o papel da Itaipu como motor de desenvolvimento regional.
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