Meninas do Brasil querem explorar defesa lenta da Holanda para ‘encaminhar vaga’

A seleção brasileira feminina de futebol tem neste sábado, a partir das 8 horas (de Brasília), no estádio de Miyagi, seu primeiro grande compromisso nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Depois de passar fácil pela China, testa forças com a Holanda, vice campeã mundial. Querendo o primeiro lugar da chave por um cruzamento menos duro, as comandadas da técnica sueca Pia Sundhage prometem explorar a “defesa lenta” das holandesas para assumir a liderança do Grupo F e encaminhar a vaga às oitavas. Vitória dá a classificação caso China e Zâmbia empatem.

É um teste de fogo para Marta, Formiga e companhia. Apesar da detecção do problema defensivo holandês, a seleção europeia compensa com seu ataque, como visto nos 10 a 3 sobre Zâmbia. Vivianne Miedema anotou quatro gols na estreia. A camisa 9 e “matadora” e não costuma perder chances. São impressionantes 77 gols em 97 partidas pela seleção. Barbra Banda fez outros três sobre as africanas e também requer marcação especial.

A ordem no Brasil é ter atenção atrás e apostar na velocidade e movimentação constante para envolver a marcação holandesa e ir além do 0 a 0 entre ambas no último compromisso, há um ano. Na estreia o esquema deu certo em goleada por 5 a 0 nas chinesas.

“A gente conhece um pouco mais o estilo europeu de se jogar, de mais velocidade, que explora as beiradas. Espero que possa ser um bom desafio pra gente”, disse a lateral-esquerdo Tamires. E foi além, deixando escapar o ponto que será explorado pelo Brasil.

“No último jogo contra elas, vimos que elas não têm uma linha defensiva tão rápida quanto a ofensiva. Então temos de estar ligadas e tentar usar desse ponto forte que temos, que é a velocidade”, enfatizou Tamires. “Espero que possamos saber os pontos certos e como explorá-los da melhor forma para chegar ao gol. Será um bom teste para nós”. A volante Formiga também falou sobre a defesa lenta holandesa, o que acaba deixando escalar a estratégia de Pia Sundhage.

A técnica desconversa, prefere a cautela e ressaltar as qualidades da oponente. Bem por isso, vai mexer na escalação, sem adiantar em quais posições. Mas garante que manterá um time forte. Apesar de pensar exclusivamente na vitória, não deixa de falar da força das oponentes.

“É o adversário mais difícil do nosso grupo. Tem boas jogadores ofensivas. Em 2017, quando dirigi a Suécia contra a Holanda, elas nos tiraram nas quartas de final. Têm treinadora experiente (Sarina Wiegman) e é muito bem sucedida. Eu tenho muito respeito por ela e pelo time”, advertiu. “Mas estamos bem preparadas”.

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