Seleção feminina de futebol bate Zâmbia e vai encarar Canadá nas quartas de final

A seleção brasileira feminina de futebol se classificou para as quartas de final dos Jogos Olímpicos de Tóquio, nesta terça-feira, ao vencer Zâmbia, por 1 a 0, e terminar na segunda colocação do Grupo F. O time da técnica Pia Sundhage somou sete pontos, assim como a Holanda, mas teve um saldo de gols menor (13 a 6). As holandesas bateram a China por 8 a 2.

Com o resultado, o Brasil vai enfrentar o Canadá, segundo no Grupo E, que empatou, por 1 a 1, com a Grã-Bretanha, na próxima sexta-feira, em Miyagi, pelas quartas de final. “Canadá é um time forte, organizado, mas nós temos um ataque veloz e a nossa defesa está muito bem. Sabemos que nas quartas não podemos errar”, disse Andressa Alves, a autora do gol da vitória.

Por causa lesões e VAR, o primeiro tempo teve a duração de 57 minutos. Os dez primeiros foram marcados por divididas ríspidas, jogadas rápidas e oportunidades dos dois lados. Se o Brasil quase marcou com Rafaelle e Bia Zaneratto, a Zâmbia assustou com Barbra Banda, forçando uma bela defesa de Bárbara.

Aos nove minutos, ocorreu o lance que mudou o panorama da partida. Ludmila trombou com a goleira Nali e a jogada primeiramente prosseguiu, mas foi paralisada em seguida com a intervenção do VAR. A árbitra japonesa Yoshimi Yamashita, após analisar as imagens, marcou falta de Mweemba e aplicou o cartão vermelho na zagueira africana. Nali saiu machucada.

Toda esta confusão durou oito minutos. Musonda entrou no lugar de Nali e, fria, foi mal na bola na cobrança de falta de Andressa Alves: 1 a 0, Brasil. A partir daí, Zâmbia perdeu força e o Brasil passou a dominar a partida, explorando lançamentos em velocidade.

Aos 24 minutos, em um dos vários lances disputados com mais energia, Bia Zaneratto se machucou e acabou substituída, o que fez a partida ficar interrompida por pelo menos mais dois minutos.

O Brasil foi para o intervalo com a vantagem mínima por não aproveitar as várias oportunidades que teve para ampliar o placar. Giovana, Rafaelle e Andressa Alves, que acertou o travessão, desperdiçaram boas chances. O time sentiu a falta de Debinha, poupada.

Mesmo com uma jogadora a mais, o Brasil não voltou bem para a etapa final, pois não soube aproveitar os espaços no campo adversário. Só foi melhorar com a entrada de Geyse, aos 18 minutos. Com velocidade pelas extremas, a atacante levou perigo para o gol africano, ameaçado anteriormente apenas em bolas paradas.

A atuação apática do Brasil na parte final da partida entusiasmou a Zâmbia, que até se arriscou no ataque em busca do empate, mas não teve forças para obter seu gol.

FICHA TÉCNICA:

BRASIL 1 X 0 ZÂMBIA

BRASIL – Bárbara; Letícia Santos, Poliana (Bruna Benites), Rafaelle e Jucinara; Formiga (Júlia Bianchi), Angelina, Andressa Alves (Debinha) e Marta (Duda); Ludmila (Geyse) e Bia Zaneratto (Giovana). Técnica: Pia Sundhage.

ZÂMBIA – Nali (Musole); Belemu, Musase, Mweemba e Tembo; Lungu, Grace Chanda, Chitundu (Phiri), Lubandji e Kundananji (Katongo); Banda. Técnico: Bruce Mwape.

GOLS – Andressa Alves, aos 18 minutos do primeiro tempo.

ÁRBITRA – Yoshimi Yamashita.

CARTÕES AMARELOS – Angelina e Phiri.

CARTÃO VERMELHO – Mweemba.

LOCAL – Saitama.

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