O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou neste sábado (18) que a morte de 38 aves — entre cisnes e patos — no Parque Zoológico de Sapucaia do Sul, no Rio Grande do Sul, foi causada pela Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1). A confirmação reforça o alerta sanitário diante da circulação do vírus em regiões próximas a centros de produção avícola.
Desde terça-feira (13), quando foram registradas as primeiras mortes no zoológico, a Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do Rio Grande do Sul (Sema) determinou o fechamento imediato do local para visitação. A interdição permanece vigente por tempo indeterminado como medida de contenção e segurança sanitária.
O Parque Zoológico de Sapucaia do Sul é o maior do estado e está localizado a cerca de 50 quilômetros de Montenegro, cidade onde, na última quinta-feira (15), foi confirmada a presença do vírus H5N1 em uma granja comercial — o primeiro foco da doença em sistema de produção no Brasil em 2024.
Com 63 anos de história, o zoológico abriga atualmente mais de mil animais de aproximadamente 130 espécies, incluindo répteis, mamíferos e aves. Além da fauna silvestre, o parque também mantém um plantel com cerca de 500 cisnes e marrecas, espécies que integram o grupo mais vulnerável à gripe aviária.
A Influenza Aviária (H5N1), também conhecida como gripe aviária, é uma doença viral altamente contagiosa que afeta principalmente aves silvestres e domésticas, mas pode eventualmente infectar humanos. Entre os sintomas clínicos observados em aves estão dificuldade respiratória, secreções nasal e ocular, espirros, incoordenação motora, torcicolo, diarreia e alta taxa de mortalidade súbita.
De acordo com o Mapa, o vírus não é transmitido pelo consumo de carne de aves ou ovos, reforçando a segurança alimentar em relação aos produtos avícolas inspecionados.
A Sema do Rio Grande do Sul reforça o pedido para que qualquer suspeita da doença seja comunicada imediatamente. Devem ser notificados casos de aves com sinais respiratórios ou neurológicos, além de mortes súbitas e fora do padrão. O canal de atendimento para denúncias e informações é a Inspetoria de Defesa Agropecuária mais próxima.
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