A Itaipu Binacional e outras estatais brasileiras apresentaram, na última sexta-feira (15), uma carta com propostas estratégicas ao Governo Federal e aos líderes do G20. O documento, entregue à ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, e posteriormente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reforça o compromisso dessas empresas com o combate às desigualdades, a transição energética e a construção de um mundo mais justo e sustentável.
O diretor-geral da Itaipu, Enio Verri, destacou o papel das estatais como instrumentos para promover a equidade no Brasil, especialmente em um contexto de grandes desigualdades regionais:
“Não há forma melhor de reduzir essas diferenças que unir esforços das estatais para implementar políticas públicas. Temos um compromisso com isso.”
Essa visão foi reiterada pela ministra Esther Dweck, que ressaltou a relevância histórica e estratégica das estatais, citando a Itaipu como um exemplo de sucesso global:
“Itaipu está no livro dos recordes pela produção acumulada de energia elétrica e é parte de um país que pode estar entre as cinco maiores economias do mundo.”
O documento apresentado pelas estatais inclui 32 contribuições alinhadas aos objetivos de desenvolvimento sustentável. As principais áreas abordadas são:
- Transição energética justa: promovendo uma economia de baixo carbono;
- Reforma da governança global: ampliando a cooperação internacional;
- Combate à fome e à pobreza: fortalecendo políticas públicas inclusivas;
- Justiça climática e diversidade: ampliando o impacto social, sustentável e ambiental positivo.
A declaração foi assinada por Itaipu, Petrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES, instituições que lideram setores estratégicos no Brasil.
Durante o evento, líderes das estatais reforçaram suas contribuições:
- Maria Fernanda, do BNDES, enfatizou o compromisso com a agenda de transição energética proposta pelo presidente Lula;
- Carlos Vieira, da Caixa Econômica, destacou a força da união entre as instituições na mitigação de desigualdades históricas;
- Tarciana Medeiros, presidenta do Banco do Brasil, apontou a necessidade de alinhar o potencial brasileiro de alimentar o mundo com o combate à fome no país.
O ministro Alexandre Padilha ressaltou o papel indispensável da Itaipu na parceria Brasil-Paraguai e na organização da COP30, enquanto a diretora da Petrobras, Clarice Coppetti, reconheceu os esforços de Itaipu em projetos inovadores e transformadores.
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As estatais assumiram o compromisso de:
- Fortalecer políticas públicas para reduzir a pobreza e promover inclusão social;
- Estabelecer parcerias com empresas socialmente e ambientalmente responsáveis;
- Compartilhar conhecimentos entre países com desafios climáticos e sociais semelhantes;
- Alavancar a cooperação internacional para uma economia regenerativa e equitativa.
O evento fez parte do G20 Social, uma iniciativa paralela ao G20 tradicional, que contou com o apoio do Governo Brasileiro e da Organização de Estados Ibero-Americanos (OEI). As discussões destacaram a necessidade de medidas globais para enfrentar desafios como fome, pobreza e mudanças climáticas, com ênfase no papel das economias emergentes, como o Brasil, na liderança de soluções sustentáveis.
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