IDR-Paraná promove curso sobre cereais de inverno

O polo de Pato Branco do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR) promoveu ao longo desta semana um curso sobre cereais de inverno. Ao longo da programação, realizada na sede do polo, nas margens da BR-158, foram feitos treinamentos e capacitações sobre tecnologias e manejo para a produção de grãos e utilização na alimentação animal, entre outros assuntos.

Os participantes também puderam conhecer diversas variedades de trigo, triticale e aveia desenvolvimentos pelo Instituto e também pela Embrapa, entidade parceira do curso, junto com a Fundação Meridional de Apoio à Pesquisa Agropecuária.

“A iniciativa faz parte de uma proposta do polo de pesquisa e inovação de Pato Branco de termos uma vez ao ano, pelo menos, um curso bem aprofundado sobre alguma temática”, explica Norma Kiyota, coordenadora geral do polo do IDR em Pato Branco.

Por conta da proposta, o curso foi destinado principalmente para técnicos e agricultores com experiência na área. Entre os palestrantes e instrutores estiveram alguns dos maiores especialistas em cereais de inverno da região sul do Brasil, de acordo com Norma.

“Toda a parte de fisiologia, da parte fitotécnica, de manejo dessas culturas, as cultivares que temos hoje, e estamos aprofundando o conhecimento na área de trigos, triticale e aveias. E está sendo discutido tanto para a produção de grãos, como para a produção para a alimentação animal, pensando na bacia leiteira daqui”, completou a coordenadora.

Cerca de 80 pessoas participaram das palestras, treinamentos e exposições.

Andrômeda

Na tarde desta quinta-feira (22) os participantes do curso conheceram em campo algumas das cultivares de cereais de inverno desenvolvidas pelo IDR e pela Embrapa.

Uma delas é a aveia branca IPR Andrômeda, lançada pelo IDR em 2022. De acordo com Klever Antunes, pesquisador do Instituto, esta é uma variedade granífera, que é utilizada pela indústria de processamento para a alimentação humana.

Apesar disso, a variedade também é bastante utilizada para a alimentação animal. “Principalmente com essa questão recente de alta dos preços do milho. Então a aveia se tornou um cereal bastante atrativo para o pessoal fazer a alimentação, seja em rebanhos leiteiros, em confinamentos”, disse o especialista.

Antunes explica que a aveia tem conquistado espaço na alimentação dos brasileiros, por ser um ingrediente comum em dietas funcionais e ser considerado saudável. “É um alimento cuja fibra possui beta-glucano, que reduz o colesterol ruim e açucares no sangue. Então em função dessas propriedades tem crescido muito a demanda do consumo para alimentação”, completa.

A variedade andrômeda possui alta produtividade, com médias que podem superar as 5 toneladas por hectare na região. O cultivar é de ciclo médio, ou seja, com maturação de cerca de 120 dias.

“Além disso, ela é um material que tem resistência a nematoides do gênero meloidogyne, que é uma praga bastante problemática, então é uma variedade que pode entrar nos sistemas de cultivo para manejar essa praga, no intuito de reduzi-la. Ou seja, é uma qualidade bastante interessante, além da alta produtividade de grãos”, disse Antunes.

Para obter os cultivares do IDR-PR, os produtores rurais podem acessar o site do instituto (www.idrparana.pr.gov.br).

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