O estado do Paraná atingiu a marca de 3,3 gigawatts (GW) de potência instalada em geração própria de energia solar, segundo levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). Com isso, mantém a terceira colocação no ranking estadual de geração distribuída solar no Brasil, consolidando sua posição de destaque no setor de energias renováveis.
Atualmente, o estado soma mais de 253 mil conexões operacionais, espalhadas pelos 399 municípios paranaenses, o que representa 100% de cobertura municipal. Desde 2012, os investimentos no setor ultrapassam R$ 15,9 bilhões, com a criação de mais de 101 mil empregos e uma arrecadação estimada de R$ 4,8 bilhões aos cofres públicos.
Mais de 361 mil consumidores de energia elétrica no Paraná já utilizam o sistema de geração própria, o que proporciona redução na conta de luz, autonomia energética e maior confiabilidade no fornecimento.
Sustentabilidade e políticas públicas
Para ampliar a participação da energia solar fotovoltaica na matriz energética do estado, a ABSOLAR recomenda a criação de políticas públicas locais, bem como a adoção da tecnologia em prédios públicos, habitações populares e programas de acesso à eletricidade.
Entre os programas de destaque, está o RenovaPR, promovido pelo Governo do Estado com apoio do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR). A iniciativa visa fomentar o uso da energia solar entre os produtores rurais paranaenses.
Projeto de Lei nº 624/2023 e marco legal
A entidade também defende a aprovação do Projeto de Lei nº 624/2023, que institui o Programa Renda Básica Energética (REBE). O projeto propõe alterações na Lei nº 14.300/2022, que trata do marco legal da geração própria renovável, buscando eliminar obstáculos à conexão de novas unidades geradoras.
De acordo com Rodrigo Sauaia, presidente executivo da ABSOLAR, o PL é fundamental para resolver negativas de conexão por parte das distribuidoras, que alegam inversão de fluxo de potência como justificativa. “Milhares de consumidores residenciais, pequenos negócios, produtores rurais e gestores públicos estão sendo impedidos de gerar sua própria energia limpa e reduzir a conta de luz”, afirma.
A coordenadora estadual da ABSOLAR no Paraná, Liciany Ribeiro, complementa que, com a nova legislação, as distribuidoras deverão assumir os custos de reforço na infraestrutura elétrica necessária para conexão, sem repassá-los aos consumidores.
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