Campanha contra a poliomielite termina sem atingir a meta em Pato Branco

A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite foi finalizada no dia 30 de setembro e, em Pato Branco, a meta de vacinar 95% do público-alvo, crianças de até cinco anos, não foi atingida.

Iniciada no dia 8 de agosto, a campanha deveria ser encerrada em 9 de setembro e foi prorrogada pelo Ministério da Saúde devido a baixa-adesão. A vacinação estava disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Pato Branco e na unidade de vacinação central e contou com horários diferenciados para atendimento da população.

De acordo com Emanoeli Stein, coordenadora do programa de imunização do município, 4.058 crianças receberam o imunizante contra a poliomielite, representando 86,32% do público-alvo, que engloba um total de 4.701 crianças aptas para receber a vacina.

A coordenadora deu ênfase que o município ofertou diversas possibilidades para que a população tenha acesso a vacinação, com vasta divulgação, horários diferenciados, vacinação em escolas, vacinação de casa em casa e campanha, porém, “há negativa de alguns pais em vacinar”.

Com a meta de vacinação não atingida, Emanoeli aponta que há possibilidade do retorno de doenças graves devido à baixa cobertura.

“A poliomielite garante uma vacinação em rebanho desde que pelo menos 95% da população alvo esteja vacinada. Como não atingimos e segue o mesmo perfil em todo o Brasil, há um risco para o retorno da doença”, afirma.

Assim como a poliomielite, com baixos índices de vacinação também aumenta o risco da proliferação de outras doenças, como é o caso do sarampo, meningite e outras, que podem ter o risco diminuído perante a imunização. “A meningite, por exemplo, é uma doença grave e ainda circula. Um dos motivos é a baixa cobertura. Em Pato Branco estamos com 87,75% de cobertura em relação a meningite”, comenta.

Nacional

Em matéria publicada pela Agência Brasil no último dia da campanha contra a poliomielite, em 30 de setembro, apenas 54,21% do público-alvo foi imunizado até aquele momento, aumentando o temor da reintrodução do vírus no Brasil.

A mesma matéria traz uma nota emitida pelo Ministério da Saúde, onde foi destacado “destacou que o Brasil é referência mundial em imunização e conta com um dos maiores programas de vacinação do mundo. Anualmente, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) aplica cerca de 100 milhões de doses. O Sistema Único de Saúde (SUS), segundo a pasta, tem capacidade para vacinar 1 milhão de pessoas por dia”.

“Toda a população com menos de 5 anos precisa ser vacinada para evitar a reintrodução do vírus que causa a paralisia infantil”, alertou a pasta.

O alerta foi emitido devido ao risco de doenças já eliminadas no país com a vacinação voltarem a circular devido a baixa cobertura vacinal, voltando a ser um problema de saúde pública. A nota destacou que cinco doenças já foram eliminadas no país através da vacinação: a poliomielite, a síndrome da rubéola congênita, a rubéola, o tétano materno e neonatal e a varíola.

você pode gostar também
Deixe uma resposta