Casos de dengue caem, mas ações de prevenção devem continuar

O número de casos de dengue no município de Pato Branco caiu consideravelmente, se compararmos com os números registrados em meses como março e abril.

De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela prefeitura, entre os dias 3 e 9 de julho foi confirmado apenas um caso da doença. Entre 3 e 9 de abril foram mais de 549.

Mesmo em meses como maio houve semanas com mais de 200 casos confirmados.

A taxa de infestação também caiu drasticamente. Em março e abril, o índice chegou a 4,4%, considerado de risco alto. Em maio e junho, o índice chegou a 0,1%.

De acordo com Juliano Josias dos Santos, coordenador do controle de endemias da Vigilância Sanitária de Pato Branco, a queda dos índices de infestação é consequência de alguns fatores. Um deles é o clima. Com temperaturas mais baixas, o mosquito encontra condições menos favoráveis para sua reprodução. Outro fator é o trabalho feito pelas equipes do Município nos períodos mais críticos.

Juliano explica que os profissionais intensificam o trabalho de orientação e os mutirões de limpeza nas áreas com casos confirmados. Apesar da redução de casos, porém, o coordenador alerta que as medidas de prevenção devem continuar.

Juliano explica que os ovos do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença, eclodem em água na temperatura de cerca de 20 ºC. Portanto, as temperaturas mais baixas dificultam o processo, mas há um porém: os ovos do mosquito podem “sobreviver” em um recipiente, mesmo sem água, por até um ano e meio.

“O mosquito fêmea vai identificar um local que possa vir a acumular água. Ou algum recipiente que secou e o ovo ficou lá, pode ser um criadouro a partir do momento que ele acumular água”, detalha.

Casos

Este foi o ano com o maior número de registros de casos de dengue em Pato Branco nos últimos anos. Até a semana passada, foram registrados 4353 casos. Em 2021, foram 4, e em 2020 foram 88.

Juliano analisa que há alguns fatores que podem explicar um aumento tão expressivo, entre eles, as alterações climáticas. Em fevereiro, por exemplo, houve calor intenso e muitas chuvas.

Ele acredita que a produção de lixo também foi maior durante a pandemia de covid-19, quando as pessoas ficaram mais tempo em casa. O mosquito também está se adaptando, pois já consegue se reproduzir em água suja.

Durante o inverno, os profissionais do Município seguirão com ações de conscientização. O coordenador alerta que a prevenção é a melhor forma de combater o mosquito da dengue.

Para isso, é necessário fazer a limpeza de terrenos, e evitar deixar água parada em recipientes.

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