Por conta de furtos, Município troca fiações de cobre por alumínio

Nos últimos meses, a quantidade de furtos de fiação em obras e edificações públicas fez com o Município mudasse a matéria-prima dos equipamentos de reposição. Ao invés de usar fios de cobre, estão sendo utilizados fios de alumínio.

De acordo com o secretário municipal de engenharia e obras, Daniel Parcianello, a medida está sendo tomada como tentativa de desencorajar a prática do crime, tendo em vista que, segundo ele, o alumínio tem um valor comercial menor do que o cobre.

Parcianello informou que, no momento da entrevista para o Diário, a secretaria ainda não havia unificado todos os gastos com reparos de atos de vandalismo em 2022, mas que os roubos de fiação e outros tipos de dano estão sendo frequentes a ponto de adiar a inauguração de obras públicas.

“Essa situação está insustentável. No bairro Gralha Azul, antes de conseguirmos inaugurar a obra foi roubado (fiação) quatro vezes. Aí nós modificamos a estrutura, assim como estamos usando alumínio nas obras novas”, disse o secretário, se referindo a uma estrutura voltada a prática de esportes e convivência.

Além do roubo de fiação, outras práticas de vandalismo comuns são a quebra de lixeiras, roubo de placas, de lâmpadas e outros equipamentos da iluminação pública.

O secretário avaliou ainda que além do prejuízo financeiro a comunidade também é prejudicada de outras formas pela prática de vandalismo. “No caso de uma praça, por exemplo, se ela fica sem iluminação a comunidade acaba não usando enquanto não é feito o reparo”, disse.

Equipamentos

Recentemente também foram quebrados equipamentos na praça do bairro São Cristóvão, inaugurado a menos de um ano. Segundo imagens divulgadas pelo Município de Pato Branco, no local foram danificados aparelhos da academia da terceira idade e algumas das grades de metal que dividem espaços.

De acordo com o secretário municipal de esporte e lazer, Alexandre Zoche, nesta semana também foi furtado parte de um brinquedo da área de recreação da praça Presidente Vargas. A reposição da peça deve levar até 15 dias para ser realizada, informou o secretário.

Zoche comenta que nas estruturas ligadas a secretaria, os danos mais comuns são a quebra de equipamentos e telas de metal, pichação, além do roubo de fiações elétricas.

O secretário também não possuía dados unificados dos gastos com reparos ao longo do ano, mas estimou que o custo mínimo mensal é de R$ 10 mil. “Isso para manutenções paliativas. Mas teve casos de roubo de fiação que o prejuízo passou de R$ 50 mil”, disse.

Ele mencionou ainda a obra do Meu Campinho na região do bairro São João, que ainda não foi inaugurada por conta da necessidade de reparos. No local foram causados danos em telas, na estrutura de iluminação e também o furto de fiação elétrica e refletores.

Pichação

Nas últimas semanas também foi registrado um caso de pichação na escultura em homenagem ao professor Sittilo Voltolini, na praça Presidente Vargas. Os autores do ato já foram identificados pela Polícia Civil.

Outro caso aconteceu nos banheiros do Largo da Liberdade. As pichações foram feitas nas paredes e nos espelhos do banheiro masculino.

Denúncias

Denúncias de casos de vandalismo podem ser feitas para a Prefeitura de Pato Branco, por meio do número 156, ou diretamente para a Polícia Militar, pelo número 190.

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