Professores participam de treinamento de protocolo de segurança

Marcilei Rossi com assessoria

Professores das redes pública municipal e estadual e de ensino privado de Pato Branco participaram, nessa terça-feira (25), de treinamento preventivo com protocolos de segurança nas unidades de ensino. Eles receberam orientações e instruções de policiais do 3º Batalhão da Polícia Militar (BPM) sobre procedimentos e ações em caso de ameaça e agressão na unidade ensino. As instruções foram repassadas em dois momentos (manhã e tarde), no Centro Universitário de Pato Branco (Unidep).

A ação faz parte das medidas de prevenção contra-ataques nas unidades de ensino, realizada pela Prefeitura de Pato Branco.

Ainda, a Secretaria Municipal de Educação e Cultura e o Departamento Municipal de Trânsito (Depatran), elaboraram uma cartilha orientativa, instruindo professores e gestores como proceder em caso de incidente na unidade. Cada escola adaptará conforme sua realidade.

De acordo com o Município, na próxima quinta-feira (27) a Prefeitura deve assinar termo de cooperação técnica, com a empresa do setor de tecnologia, para o desenvolvimento e a implementação de um botão de segurança virtual.

“Com o treinamento e com a cartilha orientativa, professores e gestores irão adaptar com a realidade de cada unidade de ensino, garantindo a segurança de todos, especialmente das nossas crianças”, salienta a secretária de Educação e Cultura, Jusara Ritzmann.

“Nossos alunos estão sendo atendidos com toda atenção. Nossas unidades de ensino estão mantendo os protocolos de segurança, para que as aulas ocorram normalmente e que as crianças possam se desenvolver de forma adequada, naquilo que foi planejado para o ano letivo”, conclui a secretária.

 O diretor do Depatran, Robertinho Dolenga, esteve auxiliando equipe da Secretaria de Educação, frisa que o quadro de segurança está dentro da normalidade. “O clima de medo e insegurança que estava instalado já passou, embora ainda exista atenção. O quadro de normalidade já foi restabelecido”, pontua.

Instruções

Capitão Guido Benjamim dos Santos Filho, que comanda a 1ª Companhia do 3º BPM, e que vem atuando diretamente com as instituições de ensino de toda a área da companhia afirma que a primeira informação a ser passada para pais e professores é de que “as informações que circularam pelas redes sociais eram mentirosas, tanto é que não houve nenhum atentado, nenhuma situação diversa”, relata ele pontuando que “todas as situações observadas, foram descaracterizadas quanto a um planejamento, um ataque a ambiente escolar”, afirma o capitão ao passar tranquilidade à população e afirmar “se comprovou o que vínhamos dizendo, de que eram situações falsas.”

Ao mesmo tempo em que nos últimos dias uma série de inverdades foram propagadas, capitão Benjamim destaca que ficou evidente o cuidado que a comunidade escolar passou a ter com segurança e identificação de vários problemas de pontos sensíveis nas escolas.

“Haviam pontos sensíveis que estavam sendo negligenciados e que agora estão sendo atendidos”, enfatiza ele ao afirmar que várias escolas passaram a realizar ajustes dentro de cada realidade, contudo, capitão Benjamim destaca que na visão da Polícia Militar a mais importante é a fiscalização que os próprios pais passaram a realizar.

Segundo ele, o pedido da polícia, é para que os pais e escolar, ao observarem qualquer situação de ilícito realizem os encaminhamentos e modo formal. “Para que a polícia tome conhecimento destes fatos e consiga atuar de forma organizada e com a devida importância, nem subestimando, nem trazendo uma valorização maior do que é necessário.”

Tenente Igor Coelho Dornelles, que comanda a Ronda Ostensiva Tática Móvel (Rotam) do 3º BPM, repassou orientações a serem observadas em caso de agressor ou atirador ativo.

Segundo ele, em se confirmando essas situações, a Polícia Militar do Paraná (PMPR) segue procedimentos adotados por órgãos de segurança norte-americanos, onde ocorrem com frequência ações destes moldes.

De acordo com o tenente, devem ser observadas três situações: o correr, o se esconder e o lutar. “O profissional que trabalha no ambiente escolar, que é possivelmente um alvo deste tio de agressão, tem que ter em mente estas três situações e saber definir qual o momento de utilizar cada uma delas dependendo da situação que se encontra naquele momento”.

Ainda de acordo com o tenente, é importante ter orientação espacial dentro do estabelecimento, percepção de onde está ocorrendo a agressão e as rotas de fuga possíveis. “[É importante] entender a situação, as suas reações, para ai tomar uma atitude de como agir.”

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