Retorno das aulas presenciais ocorre de maneira tranquila em Pato Branco

Júlia Heimerdinger e Marcilei Rossi

Após mais de um ano com aulas online, os alunos da rede Municipal de Ensino de Pato Branco retornaram para as aulas presenciais nessa segunda-feira (10). Ao todo são 57 escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), e deste total, 53 regressaram para as atividades presenciais.

O retorno está seguindo todos os protocolos de segurança contra covid-19. É obrigatório o uso de máscara e álcool em gel, a temperatura dos alunos é aferida na entrada e na saída, e o distanciamento social está sendo respeitado.

De acordo com a secretária municipal de Educação e Cultura de Pato Branco, Simone Painim, 40% dos alunos da rede municipal retornaram para as aulas presenciais. “Nós passamos em todas as escolas e todas estão bem organizadas, tudo tranquilo, os pais bem confiantes”, ressalta a secretária.

As aulas estão sendo realizadas de modo híbrido e escalonado, os pais podem decidir se enviam os alunos para a escola, ou se permanecem em casa.

Caso algum estudante ou funcionário contrair o vírus, as aulas daquela turma serão suspensas. Além disso, os alunos que chegarem à escola e tiverem a temperatura acima de 37Cº não poderão permanecer na unidade.

A escola que confirmar mais de três casos de covid-19 em toda a equipe escolar, as aulas presenciais daquela unidade serão suspensas, para que todos possam permanecer em isolamento social.

Jardim Primavera

A Escola Municipal Jardim Primavera foi uma das quatro unidades educacionais que não retornaram as aulas presenciais nessa segunda-feira, pois de acordo com a diretora, Glaucya Battiston a escola permaneceu fechada por apresentar casos suspeitos de covid-19. O local foi sanitizado, e as atividades devem retornar nesta terça-feira (11).

Glaucya avalia que os pais estão bastante confiantes com o regresso. “Principalmente com aqueles que a gente consegue conversar, podemos passar essa confiança que estamos preparados para receber as crianças, e a procura podemos avaliar que está em 50%”, afirma.

Novas adaptações foram realizadas no colégio, turmas que antes eram compostas por 27 alunos em cada sala de aula, agora foram divididas em três grupos, contendo oito alunos em cada sala.

A diretora informa que fez um vídeo com todas as recomendações para os pais nesse momento de adaptação. “É o protocolo básico, principalmente o distanciamento, a criança ficar no seu lugar. A máscara que é imprescindível e a cada duas horas trocar, e o lanche que vai ser servido dentro da sala”, explica.

A escola também seguirá medidas de segurança em relação as práticas de educação física. “Eles vão ter o distanciamento tanto para chegar no ginásio, vão usar uma corda, igual a educação infantil faz para sair, e na educação física também vai ser higienizado os materiais e vão ter todo o distanciamento certinho”, exemplifica.

No momento do intervalo a orientação é que as crianças permaneçam na sala de aula, Glaucya afirma que essa adaptação será monitorada. “Nossa intenção é ao menos trazer uma turma para o refeitório e no saguão, como nós temos espaço, para eles não fiquem na sala de aula o dia inteiro”, finaliza a diretora da escola.

Sentimento dos pais

Sabrina Vaz, mãe da aluna Vitória Vaz, que está cursando o terceiro ano do ensino fundamental, acredita que o retorno presencial das aulas é fundamental para o progresso da sua filha.

“A questão do desenvolvimento dela, ela está bem atrasada pelo tempo que ficou longe da escola e a gente como trabalha o dia inteiro, não tem tempo de acompanhar integralmente eles nas atividades escolares, e com todos os cuidados eu acho que não vai ter problema”, avalia Sabrina.

A mãe destaca que uma das principais dificuldades encontradas no ensino remoto foi em questão da didática. “A alfabetização, a letra cursiva foi bem difícil, porque a gente não tem a didática do professor, e com o professor eles fazem e com nós [pais] já é mais complicado”.

Em relação a expectativa de voltar para a sala de aula, Sabrina afirma que sua filha está feliz com o retorno. “A relação com os coleguinhas e professores, acredito que ela se desenvolva mais, porque agora não vai conseguir aprender tanta coisa, mas a questão da parte da letra cursiva, ler, escrever e as contas é o básico, que eu creio que vai desenvolver mais estando com a professora junto”, explica Sabrina.

Apesar da confiança com o retorno, a mãe se preocupa com a filha. “A Vitória tem a mania de passar a mão no nariz, porque ela tem renite, então é não tirar a máscara, o álcool em gel deixar na mesa e passar toda hora, não dividir nada com ninguém”, comenta a mãe sobre as orientações repassadas para a filha.

Alana Chiochetta, mãe da pequena Alice de quatro anos afirma que a filha estava bem apreensiva para o retorno presencial. “A gente sempre preocupado, mas ela bem ansiosa para voltar, para rever os colegas, para ver as professoras, que fazia mais de um ano que ela estava sem ver”, informa.

Alice afirma que gostou de voltar para a escola. “A gente estudou, eu fiz atividades, a gente brincou, a gente comeu”, declara Alice sobre seu primeiro dia presencial na escola.

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