SOS – Missão Vida Nova completa 20 anos

A animação e descontração eram evidentes na tarde desta quinta-feira (11), na sede do SOS – Missão Vida Nova, quando acolhidos das três casas (Pato Branco, Chopinzinho e Xanxerê) se reuniram para um bingo, mas principalmente para festejar os 20 anos da entidade, que ligada a igreja católica, se dedica ao amparo de homens em situação de vulnerabilidade social. Que atualmente está com 70 acolhidos.

Lori Buzatto, vice-presidente do SOS – Missão Vida Nova as atividades se estenderam também à noite, quando foi realizada celebração de uma missa, com a presença de Dom Edegar Xavier Ertl.

Ela pontua ainda que na noite da quarta-feira (10), foi feito a partilha de sopa na praça Presidente Vargas, aos mesmo moldes do início da ação, que buscava a distribuição de alimentos para moradores de rua.

“Tivemos bastante progresso ao longo destes anos. São muitos os motivos para comemorarmos, uma vez que tivemos mais alegrias do que tristeza na caminhada”, avalia Lori ao fazer uma breve reflexão dos 20 anos de voluntariado.

Ela ainda pontua ser importante o fato de que “vários dos acolhidos, fazem o tratamento, e doam um ano, dois, ajudando na recuperação de outros que chegam na casa”, mas Lori avalia que “o pagamento para nós, é ver que ele saiu daqui, recuperou a família e está em uma vida nova.”

15 mil

Nas contas dos voluntários não estão elencadas em quantas madrugadas chuvosas e frias foram realizados acolhimentos nas ruas de Pato Branco, tão pouco, quantos pratos de sopa, ou apenas horas ouvindo a história de cada um, porém, o número que marca os 20 anos de ações do projeto, é a estimativa de 15 mil acolhidos.

A projeção de acolhimentos segundo o coordenador geral do SOS -Missão Vida Nova, Cesar Brikman leva em conta a média anual de 700 a 800 passagem pela casa.

Segundo ele “o momento é de alegria, satisfação e de sentimento que humanamente não teríamos capacidade [de chagar a esses números], mas quando Deus está na jogada tem o resultado todas as conquistas”.

Brikman também comentou a proporção que o projeto tomou, relatando que no início não era imaginado a ampliação das atividades para outras comunidades, mas que resultaram em casas de acolhimento em Chopinzinho e Xanxerê.

“Fomos fazendo, sem olhar muito para frente. Conforme se sentiu necessidade de servir sopa, em seguida Frei Lindolfo convidou para abrir uma casa, inicialmente para dez pessoas, e fomos dando os passos até vir para cá (atual sede da ação). De repente houve a necessidade de um lar em Chopinzinho, depois Xanxerê, que são casa que acolhem em média 20 pessoas em cada uma, e que estamos aumentando o número de vagas”, contextualiza Brikman falando em necessidade de ampliação devido a demanda de pessoas procurando acolhimento.

Ele também falar que “nosso sonho humano é pequeno e o sonho de Deus é grande. Ficamos olhando, porque não sabíamos que o sonho de Deus era tão grande para esta obra”, ao agradecer o trabalho de todos os envolvidos nas ações e a adesão da comunidade dos municípios onde estão instaladas as casas.

Reconhecimento

Brikman conta que durante as celebrações dos 20 anos, a casa de Pato Branco recebeu a visita de um acolhido dos primeiros trabalhos.

Segundo o coordenador trata-se de um homem, de Dois Vizinhos, que por várias vezes foi acolhido, por ter passado anos em situação de rua. Foram 10 anos como acolhido e de 5 a 6 anos que ele está sóbrio.

Diferentemente do homem de Dois Vizinhos, Brikman afirma que “muitos passam por aqui, se recuperam, mas poucos voltam [visitar]”.

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