Na comparação com o mesmo mês de 2020, a queda foi de 24,8%. Embora o resultado tenha sido 2,6% superior ao de setembro, a atividade segue comprometida na indústria de veículos pela falta de peças, tendo como maior gargalo a insuficiência de componentes eletrônicos, um problema global.
No acumulado desde janeiro, a diferença em relação a 2020 é positiva, com alta de 16,7%, num total de 1,83 milhão de veículos produzidos. Porém, a própria Anfavea não descarta a possibilidade de esse crescimento cair para a casa de um dígito no resultado final deste ano.
Com a falta de carros nas concessionárias, as vendas de veículos recuaram 24,5% em relação a outubro do ano passado, para 162,3 mil unidades – também o menor resultado para o mês em cinco anos. Frente a setembro, as vendas subiram 4,7%, mas a base de comparação aqui é fraca, já que o mês anterior a outubro é o pior do ano até agora.
De janeiro a outubro, as vendas de veículos somaram 1,74 milhão de unidades, alta de 9,5% no comparativo interanual porque o choque da chegada da pandemia entre os meses de abril e junho do ano passado foi pesado. Ainda assim, a Anfavea adianta que essa diferença também deve ser reduzida até dezembro, com chance de o ano fechar no vermelho.
Do lado das exportações, que somaram 29,8 mil veículos no mês passado, o balanço das montadoras mostra queda de 14,6% frente a outubro do ano passado. Contra setembro, houve alta de 26,1% nos embarques, e no ano o total exportado chega a 306,8 mil, 26,8% acima dos dez primeiros meses de 2020.
Para completar, a Anfavea informa que a indústria de veículos fechou 410 vagas de trabalho em outubro, empregando no fim do mês 102,6 mil pessoas.
Como acontece desde o início do ano, a associação segue sem divulgar os resultados dos fabricantes de tratores agrícolas e máquinas de construção, também sócios da Anfavea. Em razão do desligamento da John Deere da entidade, toda a série estatística do setor passa por revisão.
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