Em Curitiba, prefeito de Vitorino busca resolver inconsistências territoriais

Marcelo Coan

Objetivo é que Vitorino, no censo demográfico do IGBE, ultrapasse o número de 10.189 habitantes. Número daria condições para o município acessar segunda faixa de repasse do FPM

Previsto para ser concluído de forma oficial no dia 31 de janeiro de 2023, o novo censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) irá apresentar a realidade populacional dos 5.568 municípios do país. Os dados vão mostrar a realidade de cada município e auxiliar as gestões em suas estratégias de trabalho. Além disso, os dados também servirão de base para que o governo federal faça a distribuição dos recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

Vitorino, que no último censo, em 2010, tinha 6.513 habitantes, está entre os municípios que aguarda o resultado do levantamento com expectativa, pois pode acessar a segunda faixa de repasse do FPM. Considerando os dados preliminares do IBGE, apresentados no dia 25 de dezembro, a cidade já apresenta um crescimento populacional de 52,7% – o percentual coloca o município na quinta posição no Estado quando o assunto é aumento populacional. Segundo o prefeito de Vitorino, Marciano Vottri, o crescimento está condicionado, em partes, a descentralização e, principalmente, a composição do bairro Araucária Park.

De acordo com o prefeito, o crescimento demográfico é importante para a tomada de decisão e para execução de políticas públicas. “Nós vamos conseguir orientar e balizar investimentos, recursos e decisões”, detalha. Outro ponto observado pelo Executivo é a transição de faixa para o repasse do FPM. “A expectativa é atingir os 10.189 habitantes, que é o limite de corte, onde ocorre a transição de índice de 0,6 para 0,8% do retorno tributário”. Embora não tenha falado em valores, Vottri adianta que é um incremento de orçamento grande, que dá uma diferença significativa.

Até momento, conforme dados oficiais do IBGE, contabilizados na sexta-feira (6), o município tem 9,7 mil habitantes. Isso significa que, para haver a transição de faixa faltam 488 pessoas. “Temos ainda um pequeno percentual, de 3 a 5%, do território geográfico para fazer o levantamento e alguns setores que apresentam inconsistências, ou seja, pessoas que não responderam”.

Por entender o quanto é importante a leitura correta e precisa, Vottri explica que a administração está dispensando integral apoio ao IBGE. Isso inclui, por exemplo, apoio na logística e produção de informações. “É para que ninguém, absolutamente nenhuma pessoa, fique de fora do censo demográfico”, observa sugerindo que, quem ainda não respondeu o censo, entre em contato com a administração para agendar um horário para a visita do recenseador.

Considerando que há em torno de 20 dias para o término do censo, Vottri conta que o município trabalha em algumas frentes para subsidiar e auxiliar o IBGE. Paralelo ao trabalho de logística e ao fomento de informações, o Executivo viajou, nesta terça-feira (10), para a capital do Estado onde cumpre duas agendas específicas. Em ambas o foco é tratar sobre inconsistências territoriais. “Nós temos a divisa com São Lourenço do Oeste que apresenta uma pequena inconsistência de contagem”, disse explicando que o problema estaria no bairro Morado do Sol. O prefeito alega que, na leitura do IBGE, a contagem está sendo feita para o município catarinense. “São Mais de 100 residências localizadas, inclusive nos cadastros e geograficamente, no município de Vitorino. Nossa busca junto ao IBGE e ao Instituto Água e Terra é resolver essa inconsistência”. Na conta do Executivo são mais de 250 pessoas no bairro.

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