Queijarias do Sudoeste conquistam medalhas de Prata no Concurso Mundial do Queijo do Brasil

Há pouco menos de um mês, duas queijarias do sudoeste do Paraná, receberam medalhas de prata no 2º Concurso Mundial do Queijo do Brasil, realizado em São Paulo.

O concurso avaliou 1.133 produtos de 11 países: Brasil, México, Paraguai, Estados Unidos, Portugal, Espanha, França, Itália, Suíça, Inglaterra e País de Gales. Da avaliação realizada por 180 jurados é que foram conhecidos os 484 queijos premiados entre as diversas categorias.

As duas queijarias, a Irmão Queijeiro de Chopinzinho e a Queijaria Martinazzo de Itapejara D’Oeste integram a Associação dos Produtores de Queijo Artesanal do Sudoeste do Paraná (Aprosud-PR).

Queijaria Martinazzo

Medalha de Ouro no 5º Prêmio Queijo Brasil de 2019 e primeiro lugar no Concurso Queijo Colonial Artesanal do Paraná de 2018, a Queijos Martinazzo de Itapejara D’Oeste recebeu medalha de Prata no concurso realizado em São Paulo na categoria queijo colonial artesanal.

Em recente entrevista à TV Sudoeste, Roseli Martinazzo comentou que o único diferencial do queijo que participou da premiação em São Paulo, foi o tempo de maturação, a peça avaliada tinha 35 dias de maturação.

Irmão Queijeiro

Diferentemente da queijaria de Itapejara D’Oeste, a Irmão Queijeiro de Chopinzinho, participou pela primeira vez de um concurso. Assim, a medalha de Prata na categoria queijo amanteigado, é até o momento, a maior honraria da agroindústria familiar, que tem na vocação leiteira e seus derivados a fonte de renda da propriedade de 1,7 alqueire.

Fundada em 2010, a queijaria do casal Giovana Karina Gregolon e Leocledes Gosler conta com outros quatro tipos de queijos (coalho, temperado com orégano, chimichurri e ao vinho) além do amanteigado premiado. Mas, a linha de produtos ainda conta com doce de leite, iogurte e bebida láctea.

Ao mesmo tempo, outra agroindústria está ativa na propriedade a de pães, cucas e bolachas. Uma realidade bem diferente de outros tempos, quando o casal cultivava morangos e melão, e Giovana atuava como professora.

Giovana revela que a mudança de trabalho se deu ao fato de que viu na atividade do queijo maior satisfação.

Para isso, a família buscou se aperfeiçoar e primar pela qualidade. Assim, toda a produção de queijo é proveniente do leite produzido na propriedade. Em média diariamente são 200 litros de leite que são transformados em aproximadamente 20 peças de queijos por dia. “O queijo é produzido imediatamente após a ordenha, sendo fabricado de manhã e à noite”, comenta Giovana, ao revelar que a maior parte do rebanho da propriedade é de vacas da raça Jersey, que comparado a outras raças leiteiras é mais ricos em gordura, o que aliadas as boas práticas adotadas, contribui para a qualidade do produto final.

Gosler destaca que para participar do concurso foi necessária a adesão ao Serviço de Inspeção Municipal (SIM), contanto com o apoio do Instituto de Desenvolvimento Regional (IDR) e da Secretaria de Agricultura de Chopinzinho. 

“Esta medalha, nos traz muita motivação para continuarmos no processo de qualidade”, afirma Gosler revelando que foram feitos aprimoramentos em todas as etapas, ou seja desde a ordenha, como elaboração dos queijos e por fim, na entrega aos clientes.

A recente premiação segundo o casal, serve de estímulo para participar de outros concursos.

Para o prefeito de Chopinzinho, Edson Luiz Cenci, “este prêmio serve de inspiração para outros produtores e motivação para que a Administração Pública se dedique ainda mais no apoio a estes produtores”, concluiu.

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