Queijo do Sudoeste busca reconhecimento nacional com marca coletiva

O objetivo de ter uma marca é valorizar e proteger o saber-fazer do produtor familiar da região – Foto: Carina Pelegrini

Redação com assessoria

No dia 27 de novembro a Associação dos Produtores de Queijo Artesanal do Sudoeste do Paraná (Aprosud) protocolou, junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), a solicitação da marca coletiva para os queijos artesanais da região.

De acordo com Alyne Chicocki, consultora do Sebrae/PR que tem acompanhado os agricultores nesse processo, a ação tem o objetivo de projetar o queijo artesanal da região em patamar diferenciado, como é o caso do Queijo da Serra da Canastra — uma marca criada para ajudar a proteger a origem do queijo, a cultura, história e tradição dos municípios produtores de queijo artesanal da Serra da Canastra, em Minas Gerais.

“Ao registrar a solicitação no INPI, também foram anexados o manual de uso da marca e o logotipo. Existem critérios para usar a marca ‘Queijo do Sudoeste’, como ser produtor associado à Aprosud e seguir as especificações quanto à forma de produção e à qualidade. Esse processo é importante para proteger a identidade do queijo regional”, contou Alyne.

Processo para o reconhecimento

Para chegar a requisição de uma marca, a Aprosud contou com o suporte técnico do Sebrae/PR para realizar a formalização da entidade, as capacitações e consultorias e a elaboração e posicionamento da marca. Para todo esse processo foram investidos, de 2020 até o momento, R$ 300 mil. Valor subsidiado pelo Sebrae e pela cooperativa de crédito Cresol.

Segundo a consultora do Sebrae, o objetivo dessas ações é valorizar e proteger o saber-fazer do produtor familiar desta região e as características do leite do sudoeste do PR, que é tão importante no cenário do mercado brasileiro de leite.

“Ainda temos um caminho desafiador na formalização do pequeno produtor. Mas temos parceiros engajados e envolvidos na produção do queijo artesanal de qualidade. Com conquistas importantes para o pequeno produtor de produtos de origem animal, como o SUSAF e o Selo Arte, podemos levar o produto artesanal para um novo posicionamento de mercado, em um novo patamar. É isso que almejamos para o queijo da nossa região”, finaliza a consultora.

Até o momento, 17 produtores rurais, de 10 municípios da região, já foram contemplados com as ações de preparação para o recebimento de marca coletiva. Agricultores interessados em fazer parte da Aprosud podem procurar a sede, situada na Associação Comercial de Chopinzinho.

Os municípios com queijeiros na Aprasud são Chopinzinho, Dois Vizinhos, Francisco Beltrão, Itapejara D’Oeste, Pinhal de São Bento, Salgado Filho, Santo Antônio do Sudoeste, São Jorge D’Oeste, Saudade do Iguaçu e Sulina.

Além do Sebrae, o projeto conta com a parceria do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater (IDR-Paraná), Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Cresol e produtores rurais.

Queijos produzidos

Todos os queijos produzidos pelos agricultores envolvidos na iniciativa são queijos artesanais/coloniais. A solicitação de registro de marca coletiva foi feita para Queijo colonial artesanal maturado, de massa crua, semicozida ou cozida e queijo Colonial Artesanal imerso em vinho, durante a maturação.

você pode gostar também
1 comentário
  1. […] Queijo do Sudoeste busca reconhecimento nacional com marca coletiva Queijo de Chopinzinho entre os melhores do mundo […]

Deixe uma resposta