“Vimos as declarações atribuídas a Peng Shuai e as imagens de sua aparição pública. A informação sobre as acusações dos abusos e o fato de que não tenha sido vista há duas semanas continuam, no entanto, sendo muito preocupantes”, disse Nabila Massrali, porta-voz de diplomacia da UE.
No domingo, foi divulgada uma imagem da jogadora conversando por videoconferência com Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI). Peng disse estar “a salvo em sua casa em Pequim, mas que gostaria de ter sua privacidade respeitada”.
“Não estamos em condições de comentar as acusações, mas pedimos uma investigação completa e transparente”, acrescentou. “As solicitações de informação confiável são legítimas”, insistiu Massrali, em resposta ao apelo das autoridades chinesas para que não se “politize”, nem se “exponha” o caso. “Seguimos pedindo ao governo chinês que apresente provas independentes e verificáveis do bem-estar e do paradeiro da tenista. Esperamos que, em breve, possa retomar suas atividades esportivas e não esportivas.”
No início de novembro, a atleta de 35 anos publicou na rede social chinesa Weibo – plataforma similar ao Facebook, de maior popularidade na China – uma longa mensagem sobre sua relação com o ex-vice-primeiro-ministro Zhang Gaoli, 40 anos mais velho que ela. No relato, ela descreve extensamente seus sentimentos pelo ex-dirigente, aposentado desde 2018. Entre outras coisas, a tenista acusa-o de tê-la forçado a manter relações sexuais há três anos.
Muitas estrelas do tênis mundial, de Chris Evert até Novak Djokovic e vários países ocidentais, entre eles França e Estados Unidos, pediram a Pequim que esclareça o paradeiro da campeã de Roland Garros em 2014. Peng reapareceu no fim de semana passado, em um restaurante de Pequim e em um campeonato de tênis organizado na capital chinesa, segundo vídeos publicados pela imprensa oficial.
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