O diretor geral da Wada, Olivier Niggli, disse que interveio junto aos órgãos esportivos para garantir que esses atletas – “não muitos, mas havia um punhado” – não fossem selecionados.
A equipe de 335 atletas russos credenciados para Tóquio está competindo sem uma bandeira nacional e hino como punição por adulteração do banco de dados do laboratório de Moscou. O nome da equipe é ROC, a sigla em inglês para Comitê Olímpico Russo, sem a palavra “Rússia”.
A proibição de identidade nas Olimpíadas de Tóquio e nos Jogos de Inverno de Pequim em 2022 foi
imposta pela Corte Arbitral do Esporte (CAS) em dezembro passado.
Fornecer à Wada o banco de dados e as amostras do laboratório de Moscou foi a chave para obter o informações e revelar o escândalo de doping apoiado de longa data pelo governo russo.
A Wada tinha uma lista de cerca de 300 atletas sob suspeita e deu provas para órgãos de esportes olímpicos para possíveis casos disciplinares. Niggli disse que “nós verificamos o que tínhamos dessa longa lista” para garantir que atletas não fossem selecionados para Tóquio.
A meta do comitê russo é de que os atletas consigam resultados semelhantes aos obtidos em 2016 e obtenham o terceiro lugar no quadro final de medalhas. “Planejamos lutar por cerca de 50 medalhas”, afirmou Stanislav Pozdniakov, presidente do COR.
Nos Jogos do Rio, os russos conseguiram 56 medalhas, sendo 19 de ouro, e ficaram em quarto no geral, atrás de Estados Unidos, Grã-Bretanha e China. As modalidades em que os dirigentes russos mais esperam bons resultados estão luta-livre, judô, ginástica artística, esgrima, boxe, natação e nado sincronizado.
Entre as estrelas emergentes do esporte da Rússia está o nadador Kliment Kolesnikov, que no último Campeonato Europeu bateu o recorde mundial dos 50 metros costas. Já entre as modalidades coletivas, as esperanças russas se concentram no handebol feminino, no polo aquático feminino e no vôlei masculino.
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