Aline Vezoli*
A Associação dos Municípios do Sudoeste do Paraná (Amsop), iniciou nesta quinta-feira (10), uma campanha de conscientização com o intuito de atingir a população, principalmente os jovens da região, a aderir aos protocolos de enfrentamento da covid-19.
O lançamento da campanha aconteceu na sede da associação em Francisco Beltrão e contou com a presença do coordenador do Comitê de Crise em Saúde da Amsop, Elói Schlikmann, que aproveitou o momento para realizar um apelo aos jovens que acreditam que por ter imunidade elevada, não irão sofrer as consequências da contaminação pelo vírus. “As novas variantes encontradas são muito mais agressivas e estão afetando mais pessoas jovens. O período de internamento também está maior, por isso não temos vagas nas UTIs, pois a rotatividade está baixa”.
Taxa de internação de jovens adultos está subindo
Outra questão levantada por Schlikmann é a falta de leitos da região, “hoje estamos com 35 pessoas aguardando leitos na Oitava Regional de Saúde e ainda temos pessoas aguardando em Pato Branco. Não temos mais vagas e 60% dos internamentos vem de pacientes entre 30 a 60 anos, conscientizar essas pessoas é a única forma de evitar o aumento da transmissão da covid-19 e evitar mais mortes”.
O presidente da Amsop e prefeito de Bom Sucesso do Sul, Nilson Feversani, também esteve presente no local ressaltando a importância do comitê de crise, que vem fazendo eventos e divulgando campanhas para a conscientização dos jovens no sudoeste do Paraná.
O prefeito acredita que os jovens ainda não se deram conta da gravidade do cenário que o mundo está vivendo com a pandemia e surgimento de variantes cada vez mais agressivas. “Estamos no limite de leitos, de profissionais de saúde e aqueles que atuam na linha de frente já estão esgotados. ”.
Presidente faz apelo à população
Feversani aproveita o momento para pedir a população dos 42 municípios a colaboração de cada um. “Todos os prefeitos e secretários da região estão empenhados, a Policia Militar nos ajuda muito, o Governo do Estado também envia auxilio, mas não adianta os poderes públicos fazerem tudo o que podem se a população não seguir as recomendações. Esgotou nossos limites, tem vacina chegando, não custa esperar mais um pouco para ter a vida social de volta”. Ele finaliza afirmando que sem a ajuda da população, “infelizmente ainda registraremos muitos óbitos”.
*Com supervisão de Marcilei Rossi