Doação de sangue: um gesto simples que pode salvar vidas 

Todos os dias, milhares de pessoas no Brasil precisam de transfusões de sangue para sobreviver. Acidentes, cirurgias, tratamentos de câncer, doenças hematológicas e complicações no parto são apenas algumas das situações em que o sangue doado pode significar a diferença entre a vida e a morte. Apesar disso, o número de doadores ainda está abaixo do ideal. Uma reflexão que se torna ainda mais evidente pelo fato de no dia 14 de junho (ontem) ser comemorado o Dia Mundial do Doador de Sangue. 

Segundo dados do Ministério da Saúde, aproximadamente 1,4% da população brasileira doa sangue regularmente. O percentual recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de pelo menos 3% a 5% da população para que os estoques estejam em níveis seguros. Em números absolutos, o Brasil registra cerca de 3,4 milhões de doações por ano, mas ainda é pouco diante da constante demanda. 

Os principais beneficiados pelas transfusões são vítimas de acidentes graves, pessoas com câncer, pacientes que passam por cirurgias de grande porte, além de quem sofre com doenças crônicas como anemia falciforme e talassemia. Só para se ter ideia, uma única bolsa de sangue pode ajudar até quatro pessoas.

“Doar sangue é um ato seguro e rápido. O procedimento dura em média 40 minutos e não traz riscos para a saúde. O volume coletado é rapidamente reposto pelo próprio organismo em poucas horas”, explica o médico oncologista clínico e professor do UNIDEP, Alan Felipe Bello Secco. 

Para doar é necessário estar em boas condições de saúde, ter entre 16 e 69 anos (menores de 18 precisam de autorização dos responsáveis) e pesar mais de 50 kg. “Antes da doação, o voluntário passa por uma triagem rigorosa para garantir a segurança de quem doa e de quem recebe”, ressalta o médico. 

Não doação

Há alguns casos em que os pacientes não devem doar, como aqueles que têm anemia, hipertensão, diabetes, tuberculose, casos de câncer, grávidas ou se estiver amamentando, entre outros. Já pessoas acima de 61 anos só devem estar aptas a doar em caso de já terem feito a primeira doação antes dos 60, pois há risco maior de doenças cardiovasculares. 

De acordo com o Dr. Alan, a doação também traz benefícios para o doador. “Ajuda a reduzir o risco de doenças cardiovasculares, além de estimular a renovação celular”, acrescenta. O perfil dos doadores no Brasil é diverso, mas as campanhas têm buscado atrair especialmente os jovens. 

Cuidados antes de doar

Segundo o médico, o ideal é que antes da doação a pessoa esteja em perfeitas condições. “Que o doador esteja bem alimentado e hidratado, tenha descansado e que não tenha ingerido nenhum tipo de bebida alcóolica”, pontua o médico. 

Doar sangue é um ato de amor

Muito além de um gesto de solidariedade, a doação é um compromisso com a vida. Um simples ato de empatia que transforma a dor de quem espera por ajuda em esperança. “Para quem doa pode parecer uma pequena atitude, mas para quem recebe muitas vezes é a possibilidade de continuar vivendo”, finaliza o médico e professor da UNIDEP. 

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