IBGE/Rios Neto: Orçamento do Censo vai ser negociado ‘sem clima de revanche’

O presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eduardo Rios Neto, disse nesta segunda-feira, 6, que vai negociar “sem clima de revanche” com a Comissão Mista Orçamentária (CMO) do Congresso os recursos necessários para a realização do Censo Demográfico 2022.

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O Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) 2022 apresentado pelo governo federal em 31 de agosto ao Congresso prevê R$ 2 bilhões em recursos para a realização do Censo 2022, R$ 300 milhões a menos do que o necessário. O IBGE tentará emendas parlamentares para complementar os recursos.

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Esta não é a primeira vez que o instituto precisa negociar o orçamento do Censo com parlamentares. No início deste ano, o relator do Orçamento de 2021, o senador Márcio Bittar (MDB-AC), cortou R$ 1,76 bilhão dos recursos do Censo e inviabilizou a realização da pesquisa em 2021. O Censo, que já havia sido adiado em 2020 por causa da pandemia, acabou novamente postergado, para 2022.

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“Com muita tranquilidade, sem clima de revanche, nem nada, como parte de um processo natural, compete a mim fazer esse trabalho, e ao IBGE, enquanto corporação, de convencimento suprapartidário com o Congresso”, disse Rios Neto, em entrevista após participar do início dos testes preparatórios para o Censo 2022 na Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro.

“Não existe essa opção de adiar o Censo novamente. O censo é uma certeza. E estamos super bem preparados”, disse Rios Neto.

Em maio, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o governo federal está obrigado a tomar todas as medidas necessárias para realizar o Censo Demográfico. Rios Neto disse que a decisão é “incontestável”, mas que servirá apenas de pano de fundo para as conversas com parlamentares.

Realizado a cada dez anos, o Censo visita todos os mais de 71 milhões de lares brasileiros. As informações recolhidas pelo Censo servem de base, por exemplo, para o rateio do Fundo de Participação de estados e municípios, sendo essenciais também para políticas de saúde e educacionais. Os dados são usados ainda como base para pesquisas amostrais do próprio IBGE.

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