Com a chegada de uma massa de ar polar, o Paraná enfrenta temperaturas baixas que favorecem a circulação de vírus respiratórios, como Influenza A e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Segundo o Diário do Sudoeste, o Estado entrou em alerta contra vírus respiratórios, com 283 casos de Influenza e 1.009 infecções por outros vírus, além de 48 co-infecções. Em paralelo, os dados do SIVEP‑Gripe, divulgados pela Agência Estadual de Notícias (AEN), mostram que o Paraná já registrou 9.449 casos de SRAG e 445 óbitos desde o início de 2025.
Frio agrava cenário epidemiológico
A epidemiologista do Lacen confirmou o aumento na circulação de Influenza A e Vírus Sincicial Respiratório (VSR), ambos prevalentes nos meses frios. O boletim mais recente indica que a gripe se consolidou como o segundo vírus mais detectado nas amostras analisadas no Paraná. Entre crianças de até 11 anos, os casos de SRAG subiram 32,5%, e na faixa de 1 a 4 anos, os óbitos aumentaram 175%.
Medidas em andamento
Para enfrentar o cenário, o governo estadual contratou 58 novos leitos, entre UTIs e enfermarias, que devem ser direcionados a regiões como Ponta Grossa, Foz do Iguaçu e Curitiba. Além disso, a Sesa investiu R$ 800 mil na compra de 100 mil testes rápidos para diagnóstico simultâneo de Influenza A, B e Covid‑19.
Vacinação prioritária
A campanha estadual de vacinação contra a gripe alcançou mais de 1,7 milhão de doses aplicadas , mas a cobertura ainda está abaixo da meta de 90%. Grupos prioritários, como idosos (32,7%), crianças (20,7%), gestantes, e puérperas, estão com baixa adesão. O secretário Beto Preto reforça que “a vacinação é nossa principal aliada” para proteger a população, evitar sobrecarga hospitalar e reduzir complicações.
Relação entre frio e gripes
Especialistas explicam que o frio intenso reduz a umidade relativa do ar e melhora a sobrevivência e transmissão de vírus em ambientes fechados. Já o diário destacou que a queda de temperatura favorece infecções respiratórias, especialmente em crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas.
Neste contexto, as autoridades de saúde reforçam a necessidade de manter a vacinação em dia, especialmente para grupos vulneráveis;
A combinação do frio intenso com a alta circulação de Influenza A e SRAG evidencia a importância de uma resposta coordenada e preventiva para minimizar os impactos na saúde pública.
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