Na passagem de abril para maio, houve piora em todos os componentes do ICF: emprego atual, queda de 0,1%, para 86,9 pontos; perspectiva profissional, -4,4%, para 78,1 pontos; renda atual, -0,8%, para 74,7 pontos; acesso ao crédito, -1,8%, para 80,0 pontos; nível de consumo atual, -1,2%, para 50,9 pontos; perspectiva de consumo, -0,5%, para 62,1 pontos; e momento para compra de bens de consumo duráveis, -3,0%, para 39,9 pontos.
Segundo a CNC, uma melhora consistente do indicador ainda depende da imunização coletiva da população contra a covid-19. Em maio, 42,9% dos entrevistados relataram que a sua renda piorou em relação ao ano passado. Em abril, esse porcentual somava 41,3%.
A maior parte das famílias (58,1%) acredita que vai consumir menos nos próximos três meses, a maior parcela desde outubro de 2020. No mês anterior, essa fatia era de 56,5%.
“Mesmo com a suavização na queda do indicador (o ICF tinha recuado 2,5% em abril ante março), foi possível observar a desconfiança das famílias em relação à economia e mesmo diante do mercado de trabalho, bem como da riqueza gerada por ele. Ainda que em menor intensidade, essa redução levou as famílias a reavaliarem as suas percepções de longo prazo”, apontou a economista Catarina Carneiro da Silva, responsável pela pesquisa da CNC, em nota oficial.
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