Motivo de nova suspensão são vigas de travamento em tesouras da cobertura da arena
Em menos de dois meses, a licitação da nova arena multiuso vivencia sua segunda suspensão de licitação. A primeira interrupção do processo foi no início de junho e somente foi retomada na última semana daquele mês.
Já a nova parada na licitação, foi anunciada pela assessoria de comunicação do Município na tarde da segunda-feira (25) e confirmada pelos secretários de Engenharia e Obras, Daniel Parcianelo e de Esporte e Lazer, Alexandre Zoche em coletiva na manhã dessa terça-feira (26), seis dias após o Município ter anunciado que a demolição do antigo almoxarifado, onde deve ser construída a nova arena está em fase avançada, devendo ser concluída em meados de agosto.
Segundo o secretário de Engenharia e Obras, mesmo com a mudança de local da construção da arena (inicialmente idealizada para o Parque de Exposições, pela gestão passada e alterada para a área ao lado do estádio Os Pioneiros, pela atual gestão), não foram necessárias adequações do projeto de cobertura, uma vez que a obra estruturante não teve modificações.
No entanto, com o início do andamento da licitação da obra, uma empresa interessada em executar o serviço de cobertura, ao avaliar a documentação do projeto verificou, o que Parcianelo definiu como “falha de projeto”.
Conforme o secretário, com os apontamentos da empresa interessada na participação na licitação, o Município entrou em contato com e responsável pelo projeto de estrutura metálica.
De fato, a licitação foi suspensa para a inclusão no projeto de vigas de travamento nas tesouras. “Tecnicamente, isso não é obrigatório a colocação, porém a norma (NBR8.800 de 2018) determina alguns parâmetros que sejam colocados”, afirmou Parcianelo relatando que durante a revisão, o próprio projetista, constatou a necessidade da colocação das vigas.
De acordo com Parcianelo a mesma empresa que realizou o projeto inicial, vai realizar a revisão do projeto, sem custas para o Município, devendo entregar o novo plano, nos próximos dias para dar continuidade no processo de licitação, o que implica em dizer, novo trâmite de aprovação da Caixa Econômica Federal, de onde devem sair os recursos para a obra.
Mesmo não havendo incremento de valor a revisão do projeto, há uma estimativa de acréscimo no valor final da obra. A projeção é de que a colocação das novas vigas acrescente cerca de 1,5% do valor total da obra.
Prazos
Pelo período eleitoral, e com o fato da obra ter aporte de recursos do Governo Federal, por meio do Ministério do Esporte, mesmo se finalizada a licitação a obra em si, não poderá iniciar até o fim do processo eleitoral.
Assim Parcianelo afirmou que com esta nova suspensão não há prejuízos de prazos. “Foi o momento ideal para que se visualizasse essa falha. Muito melhor agora do que com a obra em andamento”, disse ele.
Questionado se o Município pretende realizar uma revisão do projeto da nova arena, antes mesmo do envio da documentação para a Caixa Econômica, para até mesmo evitar novas suspensões de licitação, por inconformidades do projeto, Parcianelo disse que todos os projetos devem ser revisados pelos profissionais terceirizados e declarou. “Esperamos que não tenha mais suspensão”, contudo, ressalvou que por questões de segurança sempre que necessário serão interrompidas licitações.
O secretário de Esporte e Lazer, também destacou a importância de “sanar” os apontamentos feitos.
Valor
No início de maio deste ano, o Legislativo de Pato Branco, aprovou a abertura de crédito suplementar no orçamento de 2022, a pedido do Executivo, no valor de R$ 26.465.159,46, para a construção da Arena Multiesportiva.
A contrapartida, nada mais é do que o valor que o Município deve aportar na obra, em compensação aos R$ 5 milhões já assegurados por parte do Governo Federal.
No entanto, esses valores podem ser considerados iniciais em se tratando da obra como um todo. No ano passado, em audiência pública, o então secretário de Engenharia e Obras, Vladimir José Ferreira ventilou que obra gire entre R$ 30 milhões a R$ 40 milhões.