Número de médicos no Paraná dobra em 13 Anos, aponta estudo

Um levantamento recente da Demografia Médica 2024, realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), revelou um aumento significativo no número de médicos no Paraná. De acordo com o estudo, o estado viu o número de profissionais da saúde crescer 96% desde 2011, saltando de 18.972 para 37.144 médicos. Este crescimento elevou a densidade médica de 1,82 para 3,20 médicos por cada grupo de mil habitantes no Paraná.

O presidente do CFM, José Hiran Gallo, destacou que, embora o aumento no número de médicos no estado seja uma notícia positiva, ele traz consigo questões importantes a serem discutidas. “Precisamos refletir sobre a criação indiscriminada de escolas médicas no país, sem a observância de critérios técnicos mínimos, que podem afetar a qualidade da formação médica”, afirmou Gallo. Ele também enfatizou a necessidade de melhores condições de trabalho e estímulos para os profissionais, a fim de garantir a qualidade da assistência à saúde.

O estudo detalha ainda a distribuição dos médicos no estado, indicando que dos 37.144 profissionais, 19.740 são homens e 17.404 são mulheres, com uma média de idade de 43,58 anos e 17,37 anos de formação. Notavelmente, 43% dos médicos estão atuando em Curitiba, enquanto o restante se distribui pelo interior do Paraná. A capital, Curitiba, apresenta uma densidade médica de 8,83 médicos por mil habitantes, significativamente superior à média do interior, que é de 2,16 por mil habitantes.

No cenário nacional, a Demografia Médica 2024 destaca que o Brasil atingiu um número recorde de médicos, totalizando 575.930 profissionais ativos. Essa quantidade se traduz em uma proporção de aproximadamente 2,81 médicos por mil habitantes, a maior já registrada na história do país. Desde a década de 1990, o número de médicos no Brasil mais que quadruplicou, um crescimento que supera em oito vezes o aumento da população geral no mesmo período.

Esses dados refletem tanto a expansão do ensino médico quanto a crescente demanda por serviços de saúde no Brasil, desafiando o país a encontrar o equilíbrio entre a quantidade e a qualidade da formação médica, bem como a distribuição equitativa desses profissionais pelo território nacional.

Veja estudo detalhado

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