Paraná deve produzir 21,12 milhões de toneladas de grãos na safra de verão 2023/2024

A Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, através do Departamento de Economia Rural (Deral), divulgou uma atualização sobre as perdas na safra de verão 2023/2024 devido ao clima. A mais recente Previsão Subjetiva de Safra (PSS), divulgada em 29 de fevereiro, projeta uma colheita de 21,12 milhões de toneladas de grãos numa área de 6,2 milhões de hectares. Esta estimativa representa uma diminuição de 17% em relação às 25,5 milhões de toneladas esperadas inicialmente e é 21% inferior ao volume da safra de verão 2022/2023, que foi de 26,67 milhões de toneladas.

O chefe do Deral, Marcelo Garrido, atribui as perdas principalmente às adversidades climáticas enfrentadas pelos agricultores, como o calor intenso e as chuvas insuficientes e mal distribuídas, especialmente a partir da segunda quinzena de dezembro. Uma nova estimativa, prevista para o fim de março, trará informações mais precisas sobre o impacto dessas condições.

Dentro dos grãos cultivados, a soja mostrou uma produção de 18,23 milhões de toneladas, que é 16,4% menor do que a estimativa inicial. Para o milho de primeira safra, a produção esperada é de 2,59 milhões de toneladas, 12,6% abaixo do previsto. O feijão também sofreu uma quebra, com a expectativa de colher 167,2 mil toneladas na primeira safra, 23% a menos que o estimado inicialmente. Os preços dessas três culturas principais também estão em declínio.

A colheita de soja já alcançou 52% da área plantada, com perda estimada em 3,6 milhões de toneladas ou 16,4% para esta safra. Quanto ao milho, o plantio da segunda safra avançou, com 66% dos 2,4 milhões de hectares previstos já plantados, podendo resultar em uma produção 3% maior do que a safra anterior. A colheita da primeira safra de milho alcançou 65% da área. Para o feijão, o aumento na área plantada pode resultar em uma produção 44% maior se o clima for favorável.

O Boletim de Conjuntura Agropecuária também traz informações sobre os preços dos pescados, carne bovina, custo de produção de suínos e exportações de mel. O filé de tilápia teve um aumento de preço de 3% em fevereiro de 2024 em comparação com o mesmo período de 2023, mas uma queda de 4,5% em relação a janeiro de 2024. Em relação ao mel, embora as exportações nacionais tenham reduzido em 2023 em comparação a 2022, o Paraná manteve-se como o quarto maior exportador de mel natural.

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