Docentes da UTFPR aprovam indicativo de greve em assembleia

Os docentes da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) aprovaram, na última terça-feira, 19, na sede da SINDUTF-PR e de forma virtual, indicativo de greve da categoria. A iniciativa acontece após a deflagração da greve dos técnicos administrativos das instituições federais do Estado, iniciada na última segunda-feira, 11.

A decisão acompanha a aprovação do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), setor das Instituições Federais de Ensino (Ife), que aprovou, na sexta-feira (22), o indicativo de greve nacional em universidades federais, institutos e centros federais (Cefets) a partir do dia 15 de abril. Até lá, novas assembleias devem ocorrer na primeira quinzena de abril para que seja decidido, mediante novas negociações com o governo, sobre a efetivação ou não da greve. Além disso, está prevista uma reunião para o dia 10 de abril, com um prazo de 72 horas para informar o governo e as reitorias sobre a decisão de deflagrar a greve a partir do dia 15 de abril. O objetivo da mobilização é a reposição salarial e valorização de carreira dos professores.

Gilson Ditzel, diretor geral da UTFPR campus Pato Branco, disse que a categoria está reivindicando a recomposição da inflação de perdas salariais de governos anteriores e reconhece a legitimidade das reivindicações por melhorias nas condições de trabalho e reestruturação das carreiras dos cargos docente e técnico-administrativo. “Entendemos as pautas, que são legítimas e que são amparadas pelo direito de greve”, afirma Ditzel.

Ele esclarece que, há anos, os professores não têm recebido aumento, apenas uma recomposição monetária da inflação, parcial. Conforme o diretor, apesar do direito e necessidade de reivindicação, ele acredita que há grande possibilidade de que um entendimento entre as partes possa ser alcançado mediante negociação que minimize prejuízos para todos. “Nenhum professor deseja interromper as aulas ou comprometer suas pesquisas. Portanto, acredito que há possibilidade de negociação e talvez até mesmo a não realização do movimento grevista por parte dos docentes, embora isso seja apenas uma expectativa”, avalia Ditzel.

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