Dolenga explica sobre lombadas eletrônicas em Pato Branco

O trânsito é uma das áreas que mais necessita de atenção e ajustes constantes para garantir a segurança de todos: motoristas, pedestres e ciclistas. Em um momento onde as cidades buscam alternativas para controlar e diminuir os acidentes, a tecnologia torna-se uma aliada imprescindível. Em Pato Branco, as lombadas eletrônicas são a novidade que promete revolucionar a segurança viária.

E para entendermos mais sobre esse assunto, conversamos com Robertinho Dolenga, Diretor do Depatran. Ele nos esclareceu sobre as normativas que regem essa instalação, a necessidade de estudos técnicos para a efetivação do projeto e os impactos esperados com a novidade. Acompanhe a entrevista completa abaixo e fique por dentro de como a mobilidade urbana está sendo pensada e estruturada em nossa cidade.

Diário do Sudoeste – Há uma polêmica sobre a instalação da lombadas eletrônicas na cidade e hoje quinta-feira 26/10, e agentes fazendo medições em algumas ruas, o que ão essas ações?

Robetinho Dolenga – Toda fiscalização de velocidade tem que se basear na normativa federal. E hoje, vige a resolução 798 do Conselho Nacional de Trânsito, que regula a fiscalização eletrônica de velocidade. Então, ela estabelece que a fiscalização pode ser feita por meio de controladores de velocidade ou redutores de velocidade, ambos fiscalizados eletronicamente. Para os redutores eletrônicos de velocidade, que é a lombada eletrônica que está sendo instalada em Pato Branco, obrigatoriamente é necessário um estudo técnico.

O município elaborou, contratou no ano passado, em 2022, um estudo técnico afim dele, verificação de quantos aspectos legais e técnicos em relação à implantação da lombada eletrônica. Obrigatoriamente também, por força dessa resolução, os estudos técnicos devem ser atualizados anualmente. E é exatamente isso que fizemos no dia de hoje. uma aferição, uma medição de velocidade nos locais onde serão implantadas as lombadas eletrônicas a fim de atualizarmos o nosso estudo técnico. Não houve qualquer tipo de fiscalização de velocidade, somente uma medição, uma aferição da velocidade para incluir na atualização do estudo técnico.

Cabe destacar também que a legislação do século 98 também determina que a fiscalização móvel, ou seja, aqueles radares móveis, só pode ser feita em vias com velocidade superior a 60 km por hora. Ou seja, Pato Branco não acomoda a esse tipo de fiscalização por dispositivos móveis. Significa dizer que nós não podemos, por força da legislação federal, fiscalizar as velocidades eletronicamente por meio de radares móveis. 

Diário do Sudoeste – Essas lombadas eletrônicas que estão sendo instaladas na cidade, existe já uma previsão de quando elas estarão em funcionamento, como é que vai ser essa questão? 

Robertinho Dolenga – Sim, a empresa iniciou ainda nesta semana a implantação de seis dispositivos, ou seja, seis locais serão fiscalizados eletronicamente a partir de agora. É importante destacar que são seis locais, entretanto, alguns locais serão fiscalizados quatro ou duas faixas de circulação que seguem do sentido centro-zona sul e duas que seguem do sentido zona sul-centro, ou seja, são quatro faixas de circulação. Então nós teremos nesse primeiro momento seis locais com roubadas eletrônicas, fiscalizando 18 faixas de circulação.

O prazo para a conclusão da instalação é de 15 dias, contados a partir da última segunda-feira, e na sequência deveremos instalar mais lombadas. Porque o estudo técnico apontou 21 pontos onde há o excesso de velocidade que cabe à implantação de lombadas, sob o ponto de vista técnico legal. Também é importante destacar que não significa dizer que nós vamos instalar 21 locais. Nós temos a possibilidade. Então, faremos seis nesse momento. Acredito que na sequência deverámos fazer também alguns pontos, porque comprovadamente nesses pontos ocorrem acidentes.

E a causa que envolve o acidente, a ocorrência do acidente de trânsito, está ligada diretamente ao excesso de velocidade. Obviamente são locais onde há grande circulação de pessoas, então por uma questão de segurança, de prevenção em relação a acidentes, de resguardarmos a integridade física das pessoas, tanto do condutor como dos pedestres, estaremos instalando as lombadas eletrônicas nesses pontos onde temos efetivamente o excesso de velocidade.

Diário do Sudoeste – Você comentou a Avenida Tupi, e mais qual outra via que teremos na Avenida Tupi, quais os pontos?

Robertinho Dolenga – A Avenida Tupi nesse primeiro momento está sendo instalada na Zona Sul, próximo ao Pontal, próximo ao Sesc e também na área central, próxima esquina com a rua Manuel Rivas. É outro detalhe que é interessante destacar que comprovadamente em municípios onde ocorreram as instalações de lombadas eletrônicas, os acidentes diminuíram em até 100%.

Ou seja, isto vem ao encontro exatamente da tentativa do município em tornar mais eficiente a fiscalização em relação à diminuição da velocidade. Tivemos 68 atropelamentos nesse ano de 2023 em Pato Branco. São 68 pessoas que foram atropeladas e grande parte desses acidentes ocorreram ou por desatenção do condutor ou por excesso de velocidade. Então é uma ferramenta, uma solução eficiente em relação à diminuição de acidentes e preservação da vida.

Também é importante dizer à população que a lombada eletrônica se difere do radar ou do pardal. Porque este é um dispositivo controlador de velocidade e por forças de lei, obrigatoriamente a lombada eletrônica tem que ter o display. Ou seja, do mostrador do dispositivo eletrônico de velocidade.

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