A Companhia de Operações com Cães (CIOC) da Polícia Militar do Paraná (PMPR) iniciou o treinamento de Balu, um filhote de Golden Retriever de quatro meses, que será o primeiro cão do projeto de cinoterapia da corporação. A ação faz parte de uma estratégia inovadora de Terapia Assistida por Animais (TAA) voltada ao atendimento de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
O projeto, pioneiro na PMPR, será implantado em duas fases. Inicialmente, a equipe composta por cão e policial condutor visitará clínicas e instituições especializadas, oferecendo suporte complementar às terapias já em curso. Em um segundo momento, a previsão é que a própria sede da CIOC seja adaptada para receber crianças em sessões terapêuticas no local.
Balu: socialização e adestramento
Segundo a 1ª tenente Mikaela Esmanhoto, responsável pelo treinamento, Balu está passando pela fase de socialização e ambientação, que vai até os 10 meses de idade.
“Nessa etapa, ele é exposto a diversos estímulos para que, quando adulto, não seja um cão reativo, nem estranhe ambientes ou pessoas”, explica.
O treinamento inclui comandos básicos como sentar, deitar e não pular ou morder, além do controle emocional necessário para atuar em ambientes terapêuticos. A expectativa é que, até o final de 2025, Balu esteja pronto para atuar diretamente nas sessões com as crianças.
A raça Golden Retriever foi escolhida por sua reconhecida capacidade de socialização, temperamento dócil e sensibilidade, qualidades ideais para terapias assistidas por animais.
“A escolha do Balu foi feita pessoalmente pela cabo Curotto, que identificou nele o perfil ideal para a função”, detalha o capitão Marcelo Hoiser, comandante da companhia.
Intervenção humanizada com cães
O conceito por trás da cinoterapia é que o cão atue como um ponto de estabilidade emocional para a criança.
“Ele precisa receber carinho, e não ser ele quem o pede. Precisa ser um ponto de calma, um elo de tranquilidade nas sessões terapêuticas”, reforça Hoiser.
As primeiras interações controladas entre Balu e crianças já começaram, como parte do seu processo de adaptação ao público-alvo.
Equoterapia também se destaca no Estado
Além da cinoterapia, a Polícia Militar do Paraná também mantém o Centro de Equoterapia do Regimento de Polícia Montada Coronel Dulcídio (RPMon). Criado em 1991, o programa já atendeu mais de 5 mil pessoas e é referência no uso terapêutico de cavalos para o desenvolvimento de pessoas com deficiências ou condições como paralisia cerebral, TEA, hiperatividade, AVC e distúrbios de aprendizagem.
As sessões são gratuitas e conduzidas por uma equipe multidisciplinar composta por profissionais de Educação Física, Pedagogia, Fisioterapia e Equitação. Interessados devem fazer o cadastro pelo WhatsApp: (41) 3315-2771.
Comentários estão fechados.