Em outubro de 2012, o Procurador-Geral inglês anunciou que seria aberto um novo inquérito judicial para estabelecer as causas que vitimaram as 96 pessoas. De acordo com o jornal Desporto, de Portugal, um mês antes da abertura da investigação, documentos mostraram que a polícia tentou induzir a torcida do Liverpool como a causadora da tragédia. Assim, um outro inquérito foi iniciado e, dois anos depois, 13 policiais foram considerados suspeitos.
Um comissário de polícia encarregado da segurança do estádio Hillsborough admitiu que a sua decisão de abrir um portão do estádio durante o jogo acabou sendo a causa direta do acidente. Já com cerca de 70 anos, David Duckenfield, em depoimento sobre o caso, afirmou ter ficado gelado ao presenciar a entrada em massa dos torcedores do Liverpool ao estádio, dando origem à tragédia.
Em abril de 2016, o júri de um tribunal reunido em Warrington concluiu que a tragédia não foi acidental e que existiram erros de procedimento da polícia inglesa que contribuíram para o desfecho da situação. Ainda segundo os jurados, a polícia cometeu erros tanto no planejamento da segurança como na sua atuação no momento da partida.
A sentença sobre a tragédia acabou saindo em junho de 2017. O Ministério Público Inglês acusou seis pessoas de responsabilidade criminal, sendo Duckenfield acusado de “homicídio por negligência grave”. Dois anos mais tarde, um antigo diretor do Sheffield Wednesday, responsável pela segurança do estádio, acabou condenado a pagar uma multa de 7.500 euros (pouco mais de R$ 50 mil).
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