Colômbia planeja alta em gastos quando emergentes buscam reduzir déficit, diz IIF

A Colômbia planeja um aumento nos gastos públicos em um momento no qual a maioria das economias emergentes se movimenta no sentido de buscar reduzir seus déficits fiscais, aponta o Instituto Internacional de Finanças (IIF). Em relatório, a entidade avalia que “planos ambiciosos” de aumento de receita podem tornar isso viável, mas observa uma “vulnerabilidade fiscal crescente” em um cenário no qual a receita tributária aumentará menos do que o esperado nos próximos anos.
Depois de o país ter apresentado há duas semanas seu panorama orçamentário, o IFF avaliou que, “como esperado”, os cortes propostos em 2022 serão modestos, devido às eleições no horizonte e o aumento da pobreza no país. Em médio prazo, o plano prevê permanentemente gastos primários mais elevados.
“Embora positivo para aliviar o descontentamento social, mais gastos colocam a sustentabilidade da receita e da dívida no holofote”, avalia o relatório.
Legisladores apontaram aumentos substanciais de receita com impostos mais altos e medidas para reduzir a evasão, o que pode reduzir a dívida em caso de se materializar, segundo a análise.
No curto prazo, “atender às elevadas necessidades de financiamento não parece ser uma questão urgente”, avalia o IIF.
“Apesar de um cenário doméstico incerto devido ao descontentamento social, os não residentes estão comprando grandes quantidades de títulos do governo em moeda local e estrangeira”, aponta o relatório.
No entanto, com um aumento nos gastos em relação ao PIB de 2% previstos para 2024 com relação a 2019, o IIF avalia que a “mudança” no perfil das despesas pode ser “desafiadora” para a Colômbia.
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