Em 30 países, população não vê plano claro de governos contra mudança climática

******* ATENÇÃO ************ ATENÇÃO ************* ATENÇÃO *****
ATENÇÃO, SENHORES EDITORES: MATÉRIA COM EMBARGO. PUBLICAÇÃO LIBERADA A PARTIR DE DOMINGO, DIA 25 DE ABRIL DE 2021.
***************************************************************

Uma pesquisa realizada com 21.011 pessoas em 30 países descobriu que menos de um terço acredita que seu governo tem um plano claro para lutar contra a mudança climática. A maioria dos entrevistados afirmou ainda acreditar que o governo irá falhar com seus cidadãos se não agir imediatamente.
A pesquisa, intitulada “Earth Day 2021: Public opinion on and action on climate change” (Dia da Terra 2021: opinião pública e ação sobre a mudança climática), foi realizada pela Ipsos e divulgada na última quinta-feira, dia 22.
Na amostra estudada, os países em que mais cidadãos acreditam na existência de planos claros de seu governo contra a mudança climática são Arábia Saudita (64%), China (61%), Índia (57%), Malásia (47%) e Coreia do Sul (38%). Na outra ponta, estão Argentina (21%), Rússia (21%), Canadá (21%), Estados Unidos (18%) e Japão (16%). O Brasil aparece na 17ª posição (26%).
Os entrevistados expressaram preocupação com uma possível inércia de seus países. Para 65% deles, se seu governo não agir agora para combater a mudança climática, estará falhando com o próprio povo. No Brasil, essa percepção foi expressada por 67% dos entrevistados.
A pesquisa revela também uma demanda por ações sustentáveis por parte das empresas. Entre os entrevistados, 68% afirmaram que se os mercados não agirem agora, estarão falhando com seus clientes e funcionários. No Brasil, 75% concordam com a afirmação. Os indivíduos devem, também, agir para combater a mudança, acredita a maioria (72%) dos entrevistados.
Pandemia
O levantamento também questionou se os entrevistados acreditavam que o combate às mudanças climáticas deveria ser uma prioridade nos planos de recuperação econômica pós-covid-19. A questão dividiu opiniões: 35% acreditam que sim, 36% acreditam que não.
Ainda medindo os impactos da pandemia, a pesquisa investigou se a crise e as ações para controlar sua disseminação restringiram a capacidade ou vontade do público de tomar ações com impacto ambiental. O estudo sugere que as pessoas não pretendem voltar a comportamentos menos sustentáveis quando as restrições forem removidas.
A pesquisa foi divulgada no dia em que se iniciou a Cúpula de Líderes Sobre o Clima, convocada pelo presidente americano Joe Biden, que reuniu virtualmente 40 líderes mundiais para discutir a necessidade de novas metas para a redução das emissões de carbono no mundo.
O objetivo é encorajar os países a firmarem compromissos mais arrojados no combate às emissões de carbono para manter viável a meta estabelecida pelo Acordo de Paris, ou seja, impedir que a temperatura média mundial suba 1,5º C acima dos níveis pré-industriais. Além disso, os EUA veem no encontro uma chance de retomar o protagonismo em temas internacionais após os anos de confronto de Donald Trump com o multilateralismo.

você pode gostar também

Comentários estão fechados.