Imprenssão digital

(Paulo Argollo)

Especial 100 anos da Semana de Arte Moderna de São Paulo

Antes

Já caía a noite depois de um dia abafado de dezembro na cidade de São Paulo. Era dezembro de 1917. Num salão da rua Líbero Badaró a alta sociedade intelectual da cidade se reunia para a estreia da Exposição de Pintura Moderna, uma exposição de obras de arte da pintora Anita Malfatti. Anita apresentava um estilo de pintar inovador, diferente tudo que já fora visto antes pelos paulistanos. Ela havia passado uma temporada na Alemanha, onde se apaixonou pelo expressionismo de Munch e Chagall e incorporou aquela linguagem em sua arte. Se o expressionismo e o surrealismo eram novidade na Europa, imagine aqui no Brasil! A exposição de Anita dividiu opiniões. De um lado um jovem escritor chamado Mário de Andrade celebrou a chegada de uma arte contemporânea, intensa e visceral. Não por acaso, Mário de Andrade se tornaria, num futuro muito próximo, um dos mais íntimos amigos de Anita Malfatti. Por outro lado, o já consagrado escritor Monteiro Lobato considerou a arte de Anita de extremo mau gosto. Tamanho foi seu desprezo pelo que viu na exposição que escreveu um artigo que questionava o valor a arte moderna com duras críticas. Este artigo foi publicado no Estado de S. Paulo no dia 20 de dezembro de 1917 sob o título de Paranoia ou Mistificação. O texto de Lobato foi tão contundente que outros intelectuais jovens e abertos a arte de vanguarda se uniram e passaram a publicar vários artigos em defesa de Anita Malfatti e promovendo novas exposições, propondo novos caminhos para as artes. Foi assim que tudo começou.

Aquela era uma época de muita mudança no Brasil. A república ainda engatinhava, havia passado por uma fase turbulenta nas mãos de militares e começava a se estabilizar com o que ficou conhecida como República do Café com Leite. O café era então a maior riqueza do Brasil. Grandes fazendeiros dos estados de São Paulo e Minas Gerais ficavam podres de ricos e mandavam no país, literalmente. Nessa época o único veículo de comunicação existente era o jornal impresso. O acesso às artes era caro, praticamente todos os artistas e apreciadores de arte no Brasil eram muito ricos. A arte só iria se popularizar mesmo depois da década de 1930 com o surgimento do rádio e ascensão de uma classe média urbana e trabalhadora. Em especial a aristocracia paulista era muito conservadora, além de soberba e arrogante. Era realmente muito difícil imaginar que uma arte livre, pouco afeita a padrões estéticos e nada formal teria espaço naquela sociedade.

Mas você sabe como são os jovens. Quando encasquetam com alguma coisa e se juntam, não há quem os segure. Na mesma época da exposição da Anita Malfatti, outro jovem intelectual e muito rico voltava de Paris cheio de ideias. Era Oswald de Andrade. Ele chegou no Brasil com o Manifesto do Futurismo, do poeta italiano Filippo Tommaso Marinetti, embaixo do braço. Se trata de um texto libertário, que preza pela fluidez da literatura sem se prender a padrões poéticos como a rima exata de sonetos parnasianos, ou uma prosa com palavras rebuscadas. Quando Oswald chega com essas ideias e dá de cara com a exposição da Anita e os textos de Mário de Andrade e Menotti del Picchia a defendendo do conservadorismo de Monteiro Lobato, logo se forma ali uma turma unida e com muita vontade de fazer barulho.

No final do ano de 1921 muita coisa já tinha rolado. O grupo de Oswald de Andrade, Anita Malfatti, Menotti del Picchia e Mário de Andrade havia crescido. Contava agora com outros artistas como Di Cavalcanti, Manuel Bandeira, Brecheret e muitos outros. E eles já se denominavam “modernistas”. Outro nome muito importante desta turma não era nenhum artista, mas apenas um grande apreciador das artes e um boêmio inveterado, além de pertencer a uma das famílias mais ricas de São Paulo Era Paulo Prado. Foi durante um jantar em dezembro de 1921 que essa turma toda estava reunida e surgiu no meio do papo uma ideia inspirada em festivais de arte que ocorriam na França, que duravam dias, com exposições de obras de arte, leitura de poesias, apresentações musicais e palestras sobre arte e filosofia. Nascia a Semana de Arte Moderna de São Paulo. Naquela mesma noite, já começaram a escalar os artistas que participariam e planejar onde realizar este evento. Foi quando Paulo Padro sugeriu que conseguiria pagar o aluguel de uma semana do Teatro Municipal de São Paulo, o mais tradicional dos palcos da cidade.

A classe artística de São Paulo, que incluía pintores, escritores, músicos e etc., não era assim tão grande, e todos se conheciam, eram amigos, mesmo que discordassem um pouco sobre um ou outro assunto. Prova disso foi a ideia estapafúrdia de Oswald de Andrade de convidar justo o Monteiro Lobato para presidir o festival, ser uma espécie de mestre de cerimônias e fazer o discurso de abertura. Sim, eles eram amigos, mas com tudo que já havia acontecido, o tal artigo de 1917… não tinha cabimento. Ainda assim o convite foi feito. E prontamente negado por Lobato. Óbvio. E ainda bem. Independente de Lobato ter sido convidado, Anita Malfatti achou a ideia da Semana de Arte Moderna ótima, mas, a princípio, se recusou a participar expondo suas obras. Apesar de ter nascido numa família rica, ter visitado a Europa e tudo, naquele momento, ela estava com problemas financeiros e já sabia que seu trabalho não era bem aceito pela crítica. Ela ganhava dinheiro dando aulas de pintura e fazendo quadros por encomenda. Ela temia que se expor naquele festival poderia levar o nome dela aos jornais com muitas críticas e a faria perder alguns trabalhos. Foi seu amigo e confidente Mário de Andrade quem a convenceu a participar. Não faria sentido a Semana de Arte Moderna acontecer sem algumas obras dela presente. Em janeiro de 1922, já com a data do evento marcada, ainda faltava encontrar a pessoa ideal para o presidir. E, como sempre até então, a resposta veio da Europa.

Graça Aranha foi um dos grandes intelectuais do seu tempo. Escritor e empresário, era riquíssimo e morava na França. Mas visitava frequentemente o Brasil, tanto a negócios, como para visitar amigos, e familiares. Em sintonia com a vanguarda artística de Paris, quando ele chegou a São Paulo e foi recebido com festa pelos modernistas e convidado a presidir a Semana de Arte Moderna de São Paulo, ele aceitou com entusiasmo! Pronto! Agora não faltava mais nada! A Semana de Arte Moderna de São Paulo iria acontecer entre os dias 13 e 17 de fevereiro de1922. E prometia chacoalhar estruturas e fazer uma revolução nas artes no Brasil.

Durante

No dia 13 de fevereiro de 1922, uma segunda feira, o saguão do suntuoso Teatro Municipal de São Paulo estava repleto de obras de arte, telas e esculturas de artistas como Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Ferrignac, John Graz, Vicente do Rego Monteiro, Zina Aita, Antonio Paim Vieira, Victor Brecheret, Wilhelm Haarberg e Hildegardo Leão Velloso. O evento foi oficialmente aberto no palco do teatro com Graça Aranha fazendo um discurso chato e arrastado chamado A emoção estética da arte moderna. A plateia que não sabia se cochilava ou prestava atenção ficou satisfeita quando o falatório acabou, dando um morno aplauso protocolar. Em seguida sobe ao palco um conjunto de câmara que interpreta algumas composições de Heitor Villa-Lobos. É feito um intervalo pro cafezinho e dar uma conferida nas obras expostas no saguão. Fim do intervalo e o público retorna para que o poeta Ronald de Carvalho fizesse uma breve palestra sobre pintura e escultura moderna, além de declamar alguns versos de sua autoria. Poesia moderna, sem métrica? Não dá! O público começou a vaiar. Ronald de Carvalho, espirituoso, respondeu ao público dando de ombros com indiferença: “Cada um fala com a voz que Deus lhe deu.”. E, por fim, a noite foi concluída com a apresentação do maestro Ernani Braga.

No dia seguinte, terça feira, assim como aconteceria na quinta, não houve atividade no palco do teatro, apenas o saguão ficou aberto para visitação das obras de arte. Porém, a imprensa, na terça feira, já começou a dar opiniões, criticando as obras de arte expostas e a palestra de Ronald de Carvalho. Na noite de quarta-feira, dia 15 de fevereiro, o teatro estava lotado, afinal de contas desde sempre o brasileiro não perde a chance de presenciar uma polêmica, uma treta!E era exatamente isso que o público teria! A noite começou quente com Menotti del Picchia palestrando sobre a literatura contemporânea e sendo vaiado em vários momentos. Mas no fim de sua palestra, quando ele anunciou que subiria ao palco Oswald de Andrade, o teatro veio abaixo numa vaia ensurdecedora. Não à toa, Oswald escrevia artigos radicais defendendo o modernismo, era ousado e adorava provocações. Muita gente diz desde aquela época até hoje que boa parte daquele público agressivo eram pessoas pagas por Oswald de Andrade para tumultuar o evento e gerar ainda mais matérias nos jornais. Não é impossível, mas também não há nenhuma prova concreta. O fato é que ele declamou impávido seu texto para ninguém ouvir, debaixo de uma vaia incessante. Sai do palco Oswald, entra Mário de Andrade. A recepção é a mesma. Ele começa a ler e para por várias vezes. Em certo momento, ele se cala e espera que se faça silêncio. Quando todos param, ele diz: “Se for pra continuar assim, eu não continuo falando!”. Segundos de silêncio. E uma gargalhada e um aplauso retumbante enchem o teatro. É feito um intervalo. Depois do intervalo, finalmente os ânimos se acalmam com uma apresentação de dança de Yvonne Daumerie. A noite se encerra com um concerto de piano da já muito querida do público e aclamada pianista Guiomar Novaes, talvez a única artista da Semana que recebeu um aplauso entusiasmado e caloroso do público.

O último dia da Semana de Arte Moderna, 17 de fevereiro, foi bem menos movimentada que a quarta feira. Foi uma noite toda dedicada à música de Heitor Villa Lobos. Como Villa Lobos já era um músico famoso, os organizadores preferiram não incluir na noite nenhuma leitura de textos ou palestras que pudessem gerar tumulto entre o público. Mesmo assim, rolaram umas vaias, sabe como é. Sempre tem uma turma que não perdoa nada. Villa-Lobos sobe ao palco de fraque e calçando chinelos, o público desabou em vaias, acreditando se tratar de uma provocação. Porém, nada mais era do que uma unha encravada, que o impedia de calçar sapatos. Mas passado este momento, quando a música começou o público relaxou e se deleitou com a apresentação do maestro ao piano acompanhado de uma orquestra. Foi um encerramento grandioso para um evento que entraria para a história.

Mas acontece que a Semana de Arte Moderna de São Paulo só entraria mesmo para a história décadas depois. Naquele ano, ela não teve repercussão para além dos limites de São Paulo. Mas deu um novo ânimo aos artistas modernistas, que continuavam buscando não só a aceitação do público, mas fazer parte de um movimento que realmente causaria uma revolução!

A obra Tropical de Anita Malfatti foi pintada em 1917

Depois

Mas vamos combinar que não dá pra fazer revolução sem uma identidade marcante e única, original. Toda a arte feita no Brasil, fosse a arte mais conservadora, ou a moderna, era totalmente calcada nos padrões europeus. Claro que já havia na literatura uma certa busca pelas raízes do Brasil em obras de Lima Barreto e do próprio Monteiro Lobato, com seu icônico Jeca Tatu, que ficou conhecida como literatura primitivista. Mas ainda assim, era uma literatura dentro dos padrões vigentes, apesar da temática. Ironicamente a arte brasileira vai realmente encontrar sua própria personalidade graças a uma obra escrita apenas 50 anos depois do descobrimento do Brasil! Ah sim. E também graças a um casal de brasileiros que se conheceram em Paris.

Alguns meses depois da Semana de Arte Moderna ter acontecido, Oswald de Andrade viaja para Paris para passar uma temporada descansando e se inteirando das novidades da arte de vanguarda. Mas ele acaba encontrando é uma brasileira encantadora. Uma mulher brilhante, linda, inteligente e cheia de talentos! Já morando há algum tempo em Paris, ela era amiga de alguns dos mais importantes artistas da época. Estes artistas, como os artistas plásticos Fernand Léger, Constantin Brâncuși, Georges Braque, Pablo Picasso e o poeta Blaise Cendras, frequentavam sua casa, onde ela servia almoços memoráveis que encantavam aqueles europeus! Ela preparava para seus convivas uma feijoada bem brasileira, depois servia doce de abóbora com coco ou goiabada, oferecia cigarros de fumo enrolados em palha de milho e finalizava com um cafezinho coado na hora. Seu nome era Tarsila do Amaral. Uma pintora nascida em Americana, interior de São Paulo, que se mudara para Paris para desenvolver sua arte. Tarsila e Oswald se conhecem em dezembro de 1922 e se apaixonam de imediato. Em março de 1923 já estão voltando ao Brasil para se casar. Com eles, vem o poeta Blaise Cendras para conhecer o Brasil.

Cendras passa algumas semanas no Brasil e fica estupefato! Conheceu toda a cena modernista de São Paulo, que vivia uma efervescência. Em seguida, fez uma viagem ao lado de Oswald e Tarsila percorrendo o interior de São Paulo e indo até as cidades históricas de Minas Gerais. A simplicidade e alegria do povo do campo, a arte cheia de cores, as obras e a arquitetura barroca de Minas Gerias, a gastronomia, a beleza da fauna e da flora da ainda presente Mata Atlântica. Tudo isso fez com que Cendras fizesse um desabafo revelador a um grupo de modernistas brasileiros. O que eles faziam indo para a Europa buscando referencias e inspiração para produzir sua arte? Tudo que ele viu no Brasil era mais do que suficientemente inspirador! Uma riqueza de cores, formas, aromas! Deixem de lado a velha e antiquada Europa e olhem para este novo e belíssimo Brasil!

Foi um papo realmente muito revelador, porque alguns meses depois, mais precisamente no dia 18 de março de 1924, é publicado no jornal Correio da Manhã o Manifesto da Poesia Pau Brasil! Escrito por Oswald de Andrade, tal manifesto convidava o leitor a uma busca da identidade brasileira, um aceno ao primitivismo, mas com uma linguagem moderna, uma narrativa com a fluidez e liberdade do expressionismo. Finalmente os modernistas começavam a descobrir o Brasil! Foi nessa época que Paulo Prado, aquele mesmo que financiou a Semana de Arte Moderna, vendo esse interesse de Oswald de Andrade pelo Brasil mais profundo, lhe entregou um livro escrito por alemão, traduzido para o português por um suíço e que teve seu lançamento financiado pelo seu pai, Eduardo Prado.

Hans Staden: Suas Viagens e Cativeiro Entre os Selvagens do Brasil foi escrito em 1557 na Alemanha pelo alemão Hans Staden, que narrou suas aventuras e desventuras em duas viagens que fez ao Brasil. A primeira de suas viagens foi em 1548, quando esteve na capitania de Pernambuco. Voltou para a Europa em 1549 e, em 1550 retornou ao Brasil, desta vez ao lado de navegadores espanhóis para explorar e talvez criar um povoado na região de Santa Catarina. Este livro foi reeditado pela LP&M e merece muito ser lido, porque é uma história inacreditável, que Staden narra com riqueza de detalhes. Chegando no litoral brasileiro o navio em que ele estava foi atacado por piratas, conseguiu fugiu, chegando em Santa Catarina uma tempestade fez o navio afundar, parte da tripulação sobreviveu e se dividiu em grupos. Ele seguiu a pé até São Vicente, São Paulo, onde se estabeleceu por um tempo. No fim de janeiro de 1554, possivelmente no mesmo dia em que o Padre Manoel da Nobrega fundava a cidade de São Paulo, do outro lado da Serra do Mar, onde hoje fica a cidade de Bertioga, São Paulo, Hans Staden foi capturado pelos índios Tamoio. Uma tribo conhecida por ser afeita à violência, desprezar os homens brancos e praticar a antropofagia. Veja bem, os Tamoios não eram meros canibais, que comiam carne humana para saciar a fome. O que ficou conhecido como antropofagia era um ritual eucarístico em que os Tamoios comiam a carne de seus inimigos, quando capturados, pois acreditavam que ingerindo a carne, eles absorviam todas as qualidades e virtudes do morto. Era um ritual que durava dias, e que Hans Staden presenciou mais de uma vez e narrou em seu livro em detalhes. Ele ficou preso na tribo Tamoio entre 1554 e 1557, quando conseguiu escapar, voltou para a Alemanha e escreveu suas memórias. Uma cópia deste livro, com texto original em alemão, foi adquirida em 1900, pelo barão do café Eduardo Prado, que o repassou para um botânico suíço que vivia no Brasil, chamado Albert Löfgren, que o traduziu para o português. Assim, o livro estava pronto para ser editado e lançado no Brasil com o financiamento do próprio Eduardo Prado. E foi uma cópia desta tradução de Löfgren que Paulo Prado deu a Oswald de Andrade.

Oswald e a Tarsila do Amaral leram o livro e ficaram alucinados! De repente, tudo fez sentido na cabeça do casal! A antropofagia era a metáfora perfeita para a absorção de uma estética de vanguarda artística europeia para ser aplicada em elementos genuinamente brasileiros. Assim nasceram as duas maiores obras do modernismo brasileiro, que se tornariam a base para tudo que viria a seguir e finalmente faria a revolução artística que os modernistas tanto almejavam! Em 1928 Oswald de Andrade lança o Manifesto Antropofágico e Tarsila do Amaral conclui sua obra mais famosa, talvez a pintura mais emblemática do Brasil: o Abaporu, que em tupi significa “Comedor de Gente”! Também inspirado na obra de Hans Staden e já com os conceitos do Manifesto Antropofágico, Mário de Andrade, naquele mesmo ano, escreve e publica o fundamental Macunaíma, livro que antropofagicamente une tradições indígenas e a malandragem do pobre que começa a habitar as periferias dos grandes centros urbanos, além de abrir caminho para um dos maiores gênios da literatura brasileira: Guimarães Rosa.

A Semana de Arte Moderna, que completa essa semana 100 anos, foi um verdadeiro divisor de águas para as artes no Brasil. Ainda que as obras mais relevantes do modernismo tenham surgido depois dela, a Semana de Arte Moderna foi fundamental para permitir que tai obras fossem realizadas. Tudo que envolve a sua realização, o antes e o depois dela, precisa ser lembrado e celebrado! Porque não há nada melhor do que a arte genuína, livre e ousada, para provocar reflexões e sentimentos e fazer com que a sociedade realmente siga adiante. Viva a Semana de Arte Moderna de 1922! Viva os modernistas! Viva a arte do Brasil!

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