Ministros da União Europeia (UE) alcançam consenso histórico para compartilhar responsabilidade por imigrantes e refugiados

Bruxelas, 8 de junho de 2023 – Após intensas negociações que se estenderam por 12 horas, ministros da União Europeia (UE) finalmente chegaram a um consenso nesta quinta-feira sobre o delicado tema do compartilhamento de responsabilidade pelo cuidado de imigrantes e refugiados. O acordo, que vinha sendo debatido no bloco há quase uma década, foi finalmente selado, com Itália e Grécia assinando-o, na expectativa de pôr fim a anos de divisões e discordâncias.

Os ministros dos assuntos domésticos dos 27 membros do bloco se reuniram para oficializar o acordo, que visa abordar a crise migratória que assola a Europa desde 2015, quando mais de 1 milhão de pessoas, a maioria fugindo da guerra na Síria, chegaram à União Europeia através do Mar Mediterrâneo.

Nancy Faeser, representante da Alemanha, expressou sua satisfação com o acordo, considerando-o um marco histórico. A comissária de Assuntos Internos do bloco, Ylva Johansson, também destacou a importância do acordo, afirmando que ele representa uma situação em que todos os Estados-Membros da UE saem ganhando.

“Isso é uma conquista incrível, um feito extraordinário, que mostra que é possível trabalharmos juntos em questões de imigração. Somos muito mais fortes quando unimos nossos esforços”, afirmou Johansson.

A recepção de imigrantes tem sido um tema cada vez mais controverso na Europa desde 2015. Incapazes de chegar a um consenso sobre como compartilhar a responsabilidade de acolhimento, os países da UE, em sua maioria, concentraram-se em reduzir o número de chegadas. Dados da ONU revelam que menos de 160 mil pessoas cruzaram o mar no último ano rumo ao bloco, que possui uma população de 500 milhões de habitantes.

No entanto, durante esse período, quase 2.500 pessoas perderam a vida ou estão desaparecidas em travessias perigosas em busca de refúgio e melhores condições de vida. Agora, com o acordo alcançado, espera-se que a situação seja abordada de forma mais efetiva, com uma distribuição equitativa da responsabilidade entre os países membros da União Europeia.

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