Jornalista e professora de Pato Branco lança livro de crônicas

Foto: Alan Winkoski

A jornalista e professora universitária Jozieli Cardenal lançará em breve o seu primeiro livro, “Árvores solitárias que encontramos pelo caminho”, uma coleção de 56 crônicas publicada pela editora Patuá. Na definição da própria autora, a obra reúne textos que “fabulam memórias”, organizados a partir da coluna “Horta das Horas”, que Jozieli manteve por mais de um ano no suplemento Almanaque+, do Diário do Sudoeste, além de material inédito. “Quando me oportunizei a revisitar textos antigos e a escrever novas crônicas, me dei conta que tinha material para um livro”, detalha.

As memórias fabuladas nasceram mais recentemente, mas a experiência com a escrita acompanha Jozieli desde a infância. Ela define o hábito da escrita como um ato de existência, tanto que definiu a escolha de sua profissão. “Por isso acabei indo para o jornalismo, porque a escrita já me definia no mundo desde a infância. Posso dizer que escrever é meu despertar diário, a minha forma de ser alguém no espaço-tempo do viver. É uma fuga, um gesto de libertação e, muitas vezes, minha sobrevivência”.

Professora no Centro Universitário de Pato Branco (Unidep), mestra em desenvolvimento regional pela UTFPR, e agora cursando o doutorado, Jozieli conta que o exercício de sua escrita literária surge a partir de palavras, situações e outras inspirações cotidianas, encaixado na rotina de seus compromissos profissionais e de estudo. Apesar disso, ela adianta que este deve ser só o começo, pois já existem ideias para outras obras.

Ainda que possam ser considerados confessionais, por trazerem inspirações das vivências pessoais e influências de escritores e escritoras que inspiraram a autora, Jozieli diz acreditar que a obra deve ser aberta para a apropriação do leitor.

Aliás, parte confessionais. “Eu nunca me senti à vontade para escrever em primeira pessoa de forma direta, então sempre usei a subjetividade como uma forma de me preservar – aí está a linha difusa entre ficção e realidade. Mas um dia li uma frase da Clarice (Lispector), que fez muito sentido para mim, em que ela diz que “ninguém escreve com medo”. Confesso que ainda não saí totalmente desse casulo, então continuo nessa simbiose entre ficção e realidade”, explica.

“Árvores solitárias que encontramos pelo caminho” está na pré-venda no site da editora Patuá (https://bit.ly/3r0fOoW). Em breve o livro deverá estar a venda nas livrarias de Pato Branco e região. Também deverão ser feitos eventos de lançamento no mês de fevereiro.