UFFS campus Realeza desenvolve projeto para atendimento de animais silvestres da região

A Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – campus Realeza está desenvolvendo um projeto de extensão para auxiliar no atendimento médico veterinário de animais silvestres, além de promover atividades educativas em escolas de educação infantil, visando à conscientização ambiental. Uma das primeiras parcerias formadas foi com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para a atividade de monitoramento ambiental e de preservação animal no Parque Nacional do Iguaçu.

As atividades de monitoramento foram realizadas no Parque Nacional do Iguaçu, abrangendo, especificamente, os municípios de Capanema e Foz do Iguaçu. Os acadêmicos do curso de Medicina Veterinária e mestrandos do Programa de Pós-graduação em Saúde, Bem-estar e Produção Animal Sustentável na Fronteira Sul contribuíram em duas atividades de coleta de dados para o Programa Nacional de Monitoramento da Biodiversidade (Programa Monitora), do ICMBio.

Uma das primeiras ações foi o monitoramento de borboletas, consideradas bons indicadores biológicos devido a sua sensibilidade a mudanças ambientais, conforme explica o professor da UFFS, Paulo Henrique Braz. “As borboletas são capturadas em armadilha específica para monitorar e quantificar as espécies, sendo utilizadas como marcador ambiental. Elas fazem parte de um grupo que delimita diversos níveis de impacto ambiental, sendo que a presença ou ausência desses indivíduos pode apontar conclusões diferentes em relação às outras espécies”, comentou.

Os professores e estudantes que integram o projeto de Serviço de Atendimento de Animais Silvestres (SAAS) também auxiliaram na captura e na realização de exames em quatis do Parque Nacional do Iguaçu. A realização de exames de rotina em animais silvestres não é uma prática comum, porém como os animais acabam tendo uma grande interação com visitantes, optou-se pelo diagnóstico. “Na ocasião foram coletadas amostras de sangue, fezes, urina, entre outros para avaliação de doenças e conhecimento de possíveis patógenos circulantes na espécie. Também foram introduzidos microchips, com objetivo de monitoramento da espécie”, detalhou Braz.

Ainda de acordo com Braz, já foram encontradas alterações decorrentes da alimentação não convencional fornecida aos animais pelos turistas. “Dentre as alterações encontradas, podemos destacar a obesidade e os animais com diabetes. Dessa forma, o monitoramento da biodiversidade é fundamental para a conservação das espécies, ecossistemas e recursos, além de ser indispensável para o ciclo de planejamento da gestão das unidades de conservação”, destacou.

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