Março Azul-Marinho lembra prevenção ao câncer colorretal

O mês que fecha o primeiro trimestre de 2022, na área da Saúde, ganha uma fitinha azul. O Março Azul-Marinho marca a prevenção do câncer colorretal, que é o segundo câncer mais comum nos homens — atrás apenas do câncer de próstata — e o segundo mais comum nas mulheres — atrás do câncer de mama. Também é o segundo tipo de câncer que mais mata no nosso país. E, por isso, foi criada a campanha, a fim de alertar a população sobre a prevenção e o diagnóstico precoce.

Deacordo com Joel Bordignon, médico gastroenterologista e endoscopista, que atende na GastroDuo, quase 5% da população total do país terá câncer colorretal. Como fatores de risco, ele cita hábitos de vida pouco saudáveis, como tabagismo, ingestão de bebidas alcoólicas, sedentarismo, baixa ingestão de fibras, ingestão elevada de carnes vermelhas, além do histórico familiar deste câncer.
“Apesar de ser um câncer muito comum, ele é potencialmente curável quando diagnosticado precocemente, podendo ter chance de cura”, informa.

Fatores como alteração do hábito intestinal, diarreia, intestino preso, dor abdominal, cólicas, perda de peso sem causa aparente podem ser indícios da doença, diz o médico especialista. “Porém, é essencial lembrarmos que os sintomas aparecem geralmente em fases avançadas da doença, por isso a prevenção se faz necessária”, alerta.

Diagnóstico
O diagnóstica da doença se faz por um exame chamado colonoscopia, que examina todo o intestino grosso. Além de ser um exame diagnóstico da doença, a colonoscopia também serve para fazer sua prevenção.

“A incidência do câncer colorretal começa a aumentar a partir dos 45 anos, por isso a partir desta idade, é importante que todas as pessoas passem a fazer colonoscopias de rotina, com intervalo definido por seu médico”, fala Bordignon.

Desta forma, informa o médico, consegue-se evitar até 85 a 90% dos casos de câncer colorretal, tornando uma doença potencialmente prevenível.
Apesar de a colonoscopia estar amplamente disponível no país, caso não haja acesso fácil ao exame, o médico pode solicitar o exame de sangue oculto nas fezes, e caso esteja presente/positivo, o paciente deve ser encaminhado para realizar uma colonoscopia.

Tratamento
Se diagnosticada, o tratamento da doença pode ser cirúrgico e com necessidade de quimioterapia e radioterapia. “Grande parte dos pacientes podem se curar da doença, principalmente caso esteja em fases iniciais e sem presença de metástases, ou seja, sem que a doença tenha se espalhado para outros órgãos”, informa o especialista.

Prevenção
O especialista ressalta que as novas tecnologias têm agregado muito à endoscopia/colonoscopia, com novos e modernos aparelhos, que permitem não só a identificação do câncer, mas também das lesões que podem evoluir para câncer, podendo, como já foi dito, prevenir até 85-90% dos cânceres de cólon nas pessoas que fazem a colonoscopia de forma preventiva.

“Esses exames de prevenção devem se iniciar a partir dos 45 anos, independente da história familiar de câncer colorretal. Nos casos de história familiar, o exame pode, a critério médico, ser antecipado”, alerta.
Durante a colonoscopia o médico endoscopista identifica lesões chamadas pólipos, que são a origem do câncer em mais de 90% dos casos. “Identificando e fazendo a retirada destas lesões durante o exame de colonoscopia, impede-se que a doença se desenvolva com o passar dos anos”, finaliza.

Joel Bordignon é formado em Medicina pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com residência em Clínica Médica no Hospital de Clínicas da UFPR (HC-UFPR) e residência em Gastroenterologia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP (HCFMRP-USP). É titular da Sociedade Brasileira de Clínica Médica (SBCM), membro titular da Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG) e da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) e atende na GastroDuo. CRM-PR 24.266 / RQE 2975 / RQE 2976 / RQE 24306.
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